Policiais militares usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para conter a violência em CopacabanaReprodução de vídeo
As cenas de violência na Praia de Copacabana, nesta quinta-feira (2), deixaram as autoridades de segurança em alerta no Rio às vésperas da final da Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors. Em entrevista ao jornal 'Olé', Ana Sarrabayrouse, cênsul da Argentina na cidade, fez um apelo aos seu compatriotas para que as coisas não saiam do controle - nesta quinta, um torcedor do Boca foi preso por racismo.
Sarrabayrouse disse que os cariocas precisam ser respeitados e que as leis brasileiras, sobretudo com relação ao racismo, são severas.
"A praia é emblemática e esse bandeiraço do Boca (aglomeração de torcedores) provocou uma reação da torcida do Fluminense. Eles não querem que a torcida do Boca tome conta de Copacabana", afirmou.
"É outro país, outras regras e não vão ter empatia nenhuma com o Boca. É preciso ter cuidado. Eles (a polícia) não vão economizar balas de borracha e (bombas de) gás lacrimogênio", completou.
Depois de uma briga generalizada entre uma organizada do Fluminense e torcedores do Boca, a Polícia Militar teve de usar balas de borracha e gás lacrimogêneo para controlar a situação. Famílias argentinas reclamaram que foram agredidas por torcedores do Fluminense pelo simples fato de estarem com a camisa do Boca.
"Peço apenas que eles desfrutem do Rio, que fiquem tranquilos. Vamos evitar provocar conflitos. Não estamos lidando com a polícia da Argentina, não são as leis da Argentina. E as leis aqui são mais duras. Principalmente com gestos ou insultos xenófobos", completou Sarrabayrouse.
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