Mario BittencourtMailson Santana / Fluminense

Rio - O Fluminense virou o centro das atenções do futebol carioca. Em meio a disputa entre Flamengo e Botafogo pelo título do Brasileirão, além do Vasco que luta contra o rebaixamento, o Tricolor pode fazer a diferença a favor dos rivais. O Time de Guerreiros enfrenta o Santos e Palmeiras nesta semana, adversários direto dos três. Em entrevista após o arbitral da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), o presidente tricolor Mário Bittencourt ressaltou a importância dos últimos jogos da competição.
"A política do Fluminense é ganhar sempre. Ficou claro depois que ganhamos a Libertadores, pois estamos invictos com dois empates e duas vitórias. Nos jogos contra São Paulo e Coritiba tivemos desfalques por lesões e cartões, mas vamos jogar sempre com o que tivermos de melhor. Nos últimos anos ficamos na parte de cima do Campeonato Brasileiro, tem questão de premiação que é muito importante e, para nós, é importante do ponto de vista financeiro e de orçamento", disse.
"Trabalhamos jogo a jogo, mas algumas coisas nos preocupam nessa reta final. Temos um jogo difícil contra o Santos e outros clubes também estão interessados no nosso resultado. Vocês conhecem nosso treinador, ele não admite pensar em algo que não seja a vitória. Conversamos sobre isso e temos a meta de fazer 60 pontos. A diferença de dinheiro do 7º para o 12º colocado é brutal. Se a gente fizesse um final ruim, teríamos um problema de receita. Vamos disputar e, no final, que vença o melhor", completou. 
O Flamengo, parceiro do Fluminense na administração do Maracanã, é o principal interessado no resultado contra o Palmeiras. Atual vice-líder do Brasileirão, o Rubro-Negro tem a mesma pontuação do Alviverde, e aposta na boa relação com os tricolores como "trunfo". Entretanto, no início do mês, uma batalha com a Conmebol para mandar o jogo contra o Bragantino no Maracanã quase ameaçou a final no Rio de Janeiro. O presidente Mário Bittencourt descartou que essa situação tenha abalado a relação com Rodolfo Landim.
"Não (abalou). Nós conversamos antes e sempre alinhamos tudo. O Flamengo tinha os interesses deles. A final era da Conmebol, não era mando do Fluminense, tanto é que o Boca (Juniors) ficou à esquerda. Nós conversamos com a CBF e não tivemos nenhuma rusga. Tudo isso foi conversado. A prova é que nós estávamos ali (após o arbitral) conversando sobre outras coisas. As discussões passam e não levo para o coração. Cada um luta por seus interesses. Se for na bola, como tem sido, não tem problema", afirmou.
Por fim, Mário Bittencourt ressaltou a boa relação entre os dirigentes dos quatro grandes do Rio de Janeiro e destacou a necessidade de buscar melhorias para o futebol carioca e brasileiro. O presidente exaltou a boa temporada dos cariocas com a conquista da Libertadores do Fluminense e da disputa entre Botafogo e Flamengo pelo Brasileirão, e torce por uma recuperação do Vasco no futuro.
"Nos damos muito bem. Dentro de campo todo mundo quer ganhar, às vezes discutimos no calor da emoção do jogo, mas fica ali. É engrandecimento do futebol brasileiro. Tenho uma boa relação e me tornei amigo do Rodolfo (Landim, presidente do Flamengo). O Thairo (Arruda, CEO da SAF do Botafogo) é uma pessoa bacana, o Lúcio (Barbosa, CEO interino da SAF do Vasco) também. O Pedrinho vai assumir (a presidência) na associação, é um amigo que fiz no futebol e é um cara espetacular", disse.
"Espero que a gente saiba fazer essa diferença do dentro e fora de campo. Do lado de fora, temos que estar sempre juntos para engrandecer o futebol do Rio de Janeiro e ter os quatro grandes fortes. É um privilégio (do Rio de Janeiro) ter quatro times fortes. Temos o Botafogo voltando à Libertadores e disputando o título (do Brasileirão), o Flamengo também está disputando o título, o Fluminense foi campeão da Libertadores e, tenho certeza, que o Vasco vai conseguir se manter na primeira divisão. Vamos lutar para melhorar porque os quatro grandes fortes é bom para todo mundo", finalizou.