Por pedro.logato

Rio - Poucos sabem, mas uma das maiores chances de medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos está num esporte pouquíssimo divulgado pela mídia: o pentatlo moderno. A modalidade deu ao Brasil a medalha de bronze em Londres-2012 com a pernambucana Yane Marques. Surpresa naquela edição, ela agora chega ao Rio com o status de favorita ao ouro. Aos 32 anos, Yane é terceiro-sargento do exército, bicampeã pan-americana (2017/2015) e campão dos Jogos Mundiais Militares (2011).

Disputado pela primeira vez em Estocolmo-1912, o pentatlo moderno é um esporte criado especificamente para os Jogos Olímpicos como um desejo do barão Pierre de Coubertin, o pai dos Jogos da era moderna. Ele teria se inspirado no modelo de provas diputado por soldados do exército no século XIX.

Yane Marques é uma das esperanças do BrasilDivulgação

Estas provas eram divididas em cinco atividades: uma prova com cavalos, duelo com pistolas de fogo e espada, nado e corrida.

Houve pouca variação para a adaptação ao programa olímpico. Mas a exigência física é muito grande. Hoje, os atletas competem em provas de esgrima (espada), natação (200m livre) e hipismo (saltos) e, em seguida, disputam uma prova combinada de corrida <MC0>(3km de cross country) e tiro (pistola de tiro rápido). Vence o primeiro a cruzar a linha de chegada. E tudo isso acontece em um único dia.

As provas — masculina e feminina — serão todas disputadas no complexo de Deodoro, na Arena da Juventude, no Centro Aquático e no Estádio de Deodoro.

A prova de pentatlo moderno era disputada ao longo de quatro ou cinco dias até os Jogos de Atlanta, em 1996, quando passou a ser realizada em um único dia.

Hungria e Suécia, com nove ouros cada, são os países mais vencedores da modalidade. A estreia feminina ocorreu em Sidney-2000, com vitória da britânica Stephanie Cook.

Os Jogos do Rio terão 72 pentatletas, sendo 36 homens e 36 mulheres, classificados em seletivas continentais e mundiais, com um limite de dois por país/gênero.

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