Rio - Neymar terá nesta quarta-feira, às 22h, na Arena Fonte Nova, outro grande desafio pela Seleção. Colocado em xeque por conta das fracas atuações com a Amarelinha e a ausência de postura de líder, o camisa 10 precisa mostrar, diante da Dinamarca, que tem gana em representar o Brasil e capacidade para comandar a equipe em busca do inédito ouro olímpico. Uma vitória simples garante vaga nas quartas, mas fazer gol tem sido uma missão impossível.
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Quinto maior artilheiro da história da Seleção, com 46 gols marcados, o jogador do Barcelona vive uma espécie de inferno astral desde a contusão que o tirou da semifinal da Copa do Mundo, em 2014. A cobrança aumentou e ele virou capitão, mas não conseguiu corresponder em campo à expectativa que o cerca.

A fase com a Amarelinha é tão conturbada, com críticas de quem antes o exaltava, que o técnico do time olímpico, Rogério Micale, teme por um encerramento de ciclo precoce, caso o Brasil não obtenha êxito na Olimpíada.
“Se não analisarmos friamente, não tivermos uma transição dos craques, não o respeitarmos, logo eles não vão querer estar conosco. O Neymar quis estar na Olimpíada, e volto a dizer: ele assumiu uma situação e é muito cobrado por isso com 24 anos. São fatos para refletir”, disse o treinador.
Ao mesmo tempo que a pressão é gigantesca, o momento é ideal para uma virada. Se conseguir reerguer a Seleção e fazê-la jogar com a alegria e o orgulho demonstrados por outros atletas olímpicos, Neymar mudará a impressão que tem passado, mesmo que a medalha de ouro não seja conquistada. Exemplos para essa transformação não têm faltado na Rio-2016.