Por edsel.britto

Rio - Era uma arena olímpica carioca, mas, para algum desavisado, parecia que a ginasta Simone Biles competia em Nova York ou até mesmo em Ohio, onde nasceu, tão grande era a vibração da torcida norte-americana. Nem mesmo a frustração dos brasileiros pelo resultado das meninas, que chegaram em oitavo lugar na final por equipes da ginástica artística, diminuiu a reverência à americana, que pode conquistar nos Jogos do Rio cinco medalhas de ouro, algo inédito na história do esporte. A primeira, ela ganhou ontem. Com sobra.

LEIA MAIS: Notícias, programação e quadro de medalhas da Olimpíada do Rio

Ao som do brasileiríssimo ‘Que nada’, de Jorge Ben Jor, a ginasta mostrou ter molejo carioca e mola nos pés ao fazer acrobacias impressionantes no solo. E provou porque é tricampeã mundial, no individual geral, e dona de outros sete ouros, duas pratas e dois bronzes, em apenas três edições do Mundial de Ginástica Artística.

Biles obteve notas determinantes para a vitória dos EUA%3A 15.933 no salto e 15.800 no soloMarcio Fernandes / Estadão / NOPP

“A energia do público ajuda muito sim. Fizemos tudo o que podíamos para chegar onde estamos. Nossa equipe esperou muito tempo para competir nos Jogos Olímpicos e esta medalha é uma grande conquista para todas”, disse a sorridente Biles, revelando que a escolha da música foi uma decisão de sua coreógrafa.

Mesmo tendo conquistando notas altíssimas e determinantes na vitória americana — um 15.933 no salto e um 15.800 no solo, Biles quase caiu da trave e não empolgou tanto nas barras assimétricas,onde teve a menor nota, 14.800. Idolatrada pelos amantes da ginástica, ela foi tietada até pelas brasileiras.

“A Simone Biles é incrível. É admirada por todo mundo. Eu não a tietei tanto quanto a Jade, mas tietei sim”, entregou, empolgada, Rebeca.

Sorridentes%2C as ginastas americanas exibem as medalhas de ouro na disputa por equipesMarcio Fernandes / Estadão / NOPP


Você pode gostar