Por pedro.logato

Rio - Fazer valer o favoritismo à medalha de ouro, sem sucumbir à pressão de jogar uma Olimpíada em casa. É com essa missão que a Seleção de vôlei masculino enfrenta a Argentina, hoje, às 22h15, no Maracanãzinho, em busca da vaga na semifinal do torneio nos Jogos do Rio. Após uma primeira fase irregular, na qual só garantiu o quarto lugar do Grupo A na última rodada, com uma vitória sobre a França, a equipe do técnico Bernardinho terá que mostrar serviço diante de uma das surpresas da competição — os argentinos ficaram em primeiro lugar no Grupo B, à frente de equipes tradicionais como Rússia e Polônia.

A tática para vencer será a mesma usada contra os franceses: jogar com ousadia.
“Contra a França, o time teve uma atitude diferente, permanentemente correndo riscos, porque precisava correr. Todo mundo estava agressivo no saque. É um vôlei de vigor”, disse Bernardinho, enfatizando que tal espírito terá de ser mantido hoje à noite.

Brasil tem desafio contra a Argentina Daniel Ramalho/AGIF/COB

O treinador, porém, destaca outro aspecto do grupo na busca pela classificação. “O mais importante foi o Brasil ter sobrevivido sob pressão. É uma experiência que fortalece a equipe. Estou aliviado por termos passado por isso”, disse Bernardinho, que, mesmo satisfeito com o desempenho da equipe — apesar das derrotas para EUA e Itália —, enfatizou que ela ainda pode render mais.

RESPEITO AOS HERMANOS

Bernardinho evitou falar sobre a Argentina. Disse, apenas, esperar por mais uma ‘final’: “Será uma decisão. Nós não queremos parar aqui, a gente quer seguir. Demonstramos que não queremos contra a França e não queremos sair contra a Argentina. A gente trabalhou muito, lutou muito”, disse, confiante em mais um triunfo na Olimpíada.

Outra arma para levar a melhor sobre os hermanos será a força da torcida, que tem lotado o Maracanãzinho. O oposto Wallace conta com a força vinda da arquibancada para empurrar a Seleção:
“Espero que a torcida abafe bastante o time deles. Incendiaram o Maracanãzinho contra a França, o que deu certa pressão no adversário e nos ajudou.”

Sobre a Argentina, Wallace demonstra respeito: “Saiu em primeiro lugar na outra chave, que não era nada fácil. Uma chave que tem Rússia e Polônia não é tão mais fácil assim. E a Argentina ficou em primeiro lugar. Precisamos ter um pouco mais de respeito com o time deles.”

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