Por tabata.uchoa

Rio - Foram 17 dias de disputas no Rio e os Jogos 2016 acabaram neste domingo. Para o Brasil, o encerramento veio com medalha de ouro no vôlei masculino, após vencer a Itália. E como ‘todo Carnaval tem seu fim’ em um domingo chuvoso, a torcida no Boulevard Olímpico, na Região Portuária, vibrou, mas já lamenta o término do maior evento esportivo do mundo.

A família Gouveia aproveitou a passagem pela cidade e já sente falta do maior evento esportivo do mundoSandro Vox / Agência O Dia

“Foi o encontro de várias nações na cidade. Uma felicidade que não se percebia mais no ar. Vamos sentir falta”, ressalta o economista Renato Gouveia, de 44 anos, que veio de São Paulo para assistir aos Jogos com a família.

No último dia das disputas, Adriana, de 46 anos, mulher de Gouveia, já sentia saudade da atmosfera olímpica. “O Rio está limpo e organizado. Os serviços funcionando bem. Conseguimos aproveitar”, avaliou.

Passeando pelo Boulevard com o namorado, a estudante niteroiense Luanna Varanda, de 26 anos, tirou férias do trabalho só para curtir o período. Ela lamentava o fim da celebração: “Assisti a várias competições. Essa mistura cultural é maravilhosa. O clima é de cooperação. Mesmo com todos os problemas no Rio e no país”.

Ela opinou sobre o ‘day after’ dos Jogos: “Acho que vai dar ressaca. Mas ainda fico no clima, vou prestigiar a Paralimpíada”.

O irlandês John Paul Lavery, de 33 anos, aguardava na fila para tirar fotos nos Anéis Olímpicos, na Praia de Copacabana. Em sua primeira vez no Rio, ele vai voltar com boas lembranças dos Jogos. “Não conheço os problemas da cidade. Acho que o evento foi um sucesso”, disse John.

E o lema nas ruas era ‘curtir sem ter hora para acabar’. O professor Arthur Moreira, de 32 anos, morador de Vila Isabel, pretendia seguir isso a risca, já que hoje é feriado: “Vou celebrar! Foi emocionante, histórico. Espero que os legados permaneçam”.

Um possante para celebrar a Olimpíada

Criatividade não faltou no período dos Jogos no Rio. Josias Vital, de 59 anos, é um exemplo. O motorista desfilou seu possante ‘fuscosine’ na Praia de Copacabana. O veículo, que chamou a atenção de quem passava pela orla, é uma junção de peças de dois fuscas modelo 1970, que resultou em um carro alongado e todo caracterizado em homenagem à Rio 2016. “Levei um ano para deixá-lo assim. Gastei dez mil reais, mas valeu à pena”, revela.

Orgulhoso de sua invenção, o morador do Méier conta que criou o carro pela satisfação de homenagear o Rio. “Não cobro para tirar foto, só peço uma ajuda para gasolina quando pedem para fazer o registro dentro do carro”, garante, referindo-se à ‘taxa’ de R$ 5.

Desde a última Copa do Mundo, em 2014, Josias tem o costume de ornamentar seus carros. A intenção é entrar no clima dos eventos e ser mais uma atração na cidade. “Perdi a conta de quantas ‘selfies’ tirei. Além disso, gosto das competições, sou torcedor”, confessa.

Ele torce para que o clima de confraternização, segurança e união permaneça. “Tudo está melhor. Tomara que não seja um sonho e as melhorias continuem. O povo merece”, acredita. Saudoso, ele lamenta o momento de ‘puxar o carro’. “Fico triste, né? Mas foi bom enquanto durou”, diz Josias.

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