Por pedro.logato

Rio - Quando a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos tiver início no Maracanã, nesta quarta-feira, às 18h15, o Rio voltará a ser a casa dos melhores nomes do esporte mundial. A partir de quinta até o dia 18, as arenas cariocas receberão mais de quatro mil astros e estrelas em busca das melhores marcas, gols, cestas, pontos, vitórias e medalhas que possam cororar anos de treinamento e dedicação. Anfitrião da festa, o Brasil promete fazer bonito, com a meta de ficar em quinto lugar no quadro geral de medalhas.

Maracanã será palco da abertura da Paralimpíada Efe

Em sua 12ª participação em Jogos Paralímpicos, o país tem a sua maior delegação da história. Serão 287 atletas paralímpicos (185 homens e 102 mulheres), acompanhados de um elenco de apoio com atletas-guia (atletismo), calheiros (bocha), goleiros (futebol de 5), piloto (ciclismo), tratadores (hispismo) e oficiais técnicos.

Para a torcida brasileira, não faltam esperanças de medalha. O objetivo é ser melhor do que em Londres-2012, quando o Brasil ficou em sétimo com 43 pódios (21 ouros, 14 pratas e oito bronzes).

Daniel Dias é o maior campeão paralímpico do Brasil%2C com 15 medalhas nos JogosCezar Loureiro / MPIX / CPB

Daniel Dias é o fenômeno das piscinas. Na capital inglesa, ele conquistou seis medalhas de ouro. Países como Japão, Suíça e Argentina, por exemplo, não conseguiram chegar a essa marca. No Rio, Daniel — que nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita — estará em ação em oito provas e terá grandes chances de aumentar sua coleção.

Também nas piscinas, o carioca André Brasil está na sua terceira edição de Jogos Paralímpicos. Depois de conquistar sete ouros e três pratas contando as participações em Pequim-2008 e Londres-2012, o nadador briga por pódio em oito provas em casa. André teve teve poliomielite aos três meses, por reação à vacina , o que lhe trouxe uma pequena sequela na perna esquerda.

Shirlene Coelho%2C atleta de lancamento de peso%2C dardo e disco%2C será a porta bandeira do BrasilMarco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

A Rio-2016 também é a chance de assistir à performance de Clodoaldo Silva. Conhecido como ‘Tubarão Paralímpico’, com 13 medalhas na história dos Jogos, ele se prepara para sua quinta e última Paralimpíada, aos 37 anos. Clodoaldo teve paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, o que afetou os movimentos das pernas e lhe trouxe uma pequena falta de coordenação motora.

No Centro de Tênis, que encantou a torcida na Olimpíada, o piso emborrachado foi trocado pela grama sintética para receber o futebol de 5, exclusivo para cegos ou deficientes visuais. O Brasil é tricampeão paralímpico da modalidade e conta com dois dos melhores jogadores do mundo, Ricardinho e Jeffinho.

Na esgrima em cadeira de rodas, outra grande esperança: Jovane Gissone, que teve lesão na medula causada por disparo de arma de fogo durante um assalto, tenta repetir o ouro de Londres-2012.

Dirceu Pinto busca mais um título olímpico Guilherme Taboada/CPB

Bicampeão paralímpico na bocha, Dirceu Pinto também chega ao Rio com a missão de defender seu título. Ele começou a jogar bocha em 2002, quando descobriu a extensão de uma doença degenerativa muscular.

Nas pistas, a grande estrela é a mineira Terezinha Guilhermina, que nasceu com retinose pigmentar (doença congênita que provoca a perda gradual da visão). Seu currículo já tem seis medalhas em Jogos Paralímpicos: três ouros, uma prata e dois bronzes.

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