Thierry Henry iniciou revezamento da chama olímpica em ParisStephane de Sakutin / AFP
A chama iniciou a sua passagem por Paris às 06h45 (de Brasília), na parte final do comboio do desfile militar na Avenida Foch, com Thibaut Vallette, campeão olímpico de hipismo na Rio-2016, o primeiro a carregar a chama olímpica na capital.
A passagem da tocha pelas ruas parisienses terminará na próxima segunda-feira (15) à noite, com a chegada à Place de la Republique, onde se realizará um concerto gratuito.
Neste ano, devido à preparação das instalações para os Jogos, o tradicional desfile militar não foi realizado na Champs-Élysées, como geralmente acontece, mas na Avenida Foch.
Durante dois dias, a chama percorrerá 60 quilômetros nas mãos de 540 pessoas, sob um amplo dispositivo de segurança formado por cerca de 18 mil agentes.
Testes antes da abertura
Entre os que carregam a chama encontram-se cidadãos comuns, mas também diversas personalidades do esporte e cultura.
Uma delas é a lenda do futebol Thierry Henry, treinador da seleção de futebol masculina nos Jogos Olímpicos deste ano.
"Não é algo que se possa recusar. É o dia do feriado na Champs-Élysées", disse Henry.
A passagem da tocha gerou um interesse bastante tênue. "Nem sequer sabia que passaria por aqui", admitiu Manon Skura, uma estudante de 22 anos que disse estar mais concentrada nas obras de construção na capital para acolher os Jogos Olímpicos.
"Esta tocha representa o consenso, a paz e a França, que é um país acolhedor", disse à AFP o franco-maliano Lassana Bathily, que teve uma atuação heroica durante o atentado de janeiro de 2015 contra um supermercado em Paris, após carregar a chama na entrada do Panthéon.
Este ano, o Champ de Mars não estará aberto ao público para acompanhar os fogos de artifício, por ser um local que receberá competições.
O tradicional espetáculo pirotécnico começará no exato momento em que a tocha chegará à Câmara Municipal de Paris, por volta das 18h10 (de Brasília).
Dos bairros ricos aos populares
Com o desfile pela capital, os organizadores do Paris-2024 pretendem reavivar o espírito olímpico entre os franceses, após um mês com os Jogos ofuscados pelas eleições legislativas na França.
Após as eleições antecipadas convocadas pelo presidente Emmanuel Macron, na sequência da vitória do Reagrupamento Nacional (extrema direita) nas eleições europeias, a política francesa encontra-se em estado de incerteza, uma vez que ainda não se sabe qual força formará um governo.
Desde a sua chegada a Marselha em 8 de maio, a tocha olímpica tem sido um enorme sucesso popular na França, reunindo cerca de 5 milhões de espectadores ao longo do seu percurso.
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