Treinadora da seleção feminina de futebol, Bev Priestman, foi afastada da partida de estreiaReprodução / Redes Sociais

Rio - O Comitê Olímpico do Canadá (COC) dispensou duas profissionais e afastou a treinadora da seleção feminina de futebol, nesta quarta-feira (24), após terem utilizado um drone para espionar o treino da seleção da Nova Zelândia. A analista Joseph Lombardi, que operou o drone, e a assistente Jasmine Mander, a quem ela se reportava, foram mandadas de volta para casa após o incidente. Já a técnica Bev Priestman não comandará o time na estreia das Olimpíadas.
O caso aconteceu nesta segunda-feira (22), quando um drone foi visto sobrevoando a atividade das neozelandesas, em Saint-Etienne. Em comunicado oficial, o Comitê Olímpico da Nova Zelândia disse que o caso foi relatado à polícia local e fez uma queixa formal ao Comitê Olímpico Internacional, solicitando que providências fossem tomadas.
Além de dispensarem as profissionais, o Comitê Olímpico Canadense apresentou um pedido de desculpas e prometeu investigar o incidente. Segundo a entidade, Lombardi era uma "analista não-credenciada", enquanto Mander era responsável pelo trabalho da analista.
De acordo com a imprensa local, o COC descobriu que houve dois episódios de espionagem em treinos da Nova Zelândia, sendo o primeiro deles na última sexta-feira (19).
Diante da polêmica, a técnica Bev Priestman se retirou do comando do time para a partida de abertura, alegando ter responsabilidade indireta pelos episódios. "Eu sou a responsável final pela conduta de nossa equipe. Para enfatizar o compromisso do time com a integridade, decidi me retirar do comando do jogo de quinta-feira voluntariamente" declarou.
Canadá e Nova Zelândia abrem os duelos do Grupo A, nesta sexta-feira (26), às 12h, no estádio Geoffroy Guichard, em Saint-Etienne. A anfitriã França e a Colômbia completam a chave. As duas melhores seleções avançam às quartas de final das Olímpiadas.