Brasil teve início ruim no vôlei masculinoAFP

Rio - Depois de perder a segunda partida seguida nos Jogos de Paris, o técnico da Seleção masculina de vôlei, Bernardinho, projetou a sequência de jogos, que precisam ser encarados como finais. Na manhã desta quarta-feira (31), o Brasil perdeu de virada para a Polônia, no tie-break, por 3 sets a 2, no ginásio da Arena 1 Paris Sul.
"Fizemos um ponto, estamos vivos ainda. Não era o que queríamos, tivemos as nossas chances. Vamos seguir buscando. Agora nossa final é o Egito. São quatro finais [até a busca pela medalha de ouro], e o Egito é a primeira delas" disse Bernardinho.
Na sexta-feira (2), às 8h (de Brasília) a seleção brasileira encara o Egito pela última rodada do Grupo B. Na terceira colocação e sem chances de assumir o primeiro ou segundo lugar, o Brasil precisa vencer por 3 a 0 ou 3 a 1 para se classificar às quartas de final. Se triunfar por 3 a 2, vai depender de uma combinação de resultados para avançar como um dos dois melhores terceiros colocados.
O levantador Cachopa, que assumiu papel de titular ao longo do jogo contra a Polônia , também reforçou o discurso do treinador. Em entrevista à beira de quadra após o revés para os poloneses, Chapola também definiu o jogo contra o Egito como uma final.
"O próximo jogo é uma final. Não podemos cometer erros e temos que matar desde o primeiro ponto. Os caras [egípcios] entram sem pressão, com um pouco menos de responsabilidade. É um jogo muito perigoso e precisamos estar atentos", comentou.
Bruninho na bronca com horário
Após a derrota para a Polônia, o levantador Bruninho reclamou do horário da partida, que foi disputada às 4h no horário de Brasília (9h pelo horário de Paris). Para o atleta, uma partida do tamanho de um Brasil x Polônia deveria acontecer em um horário mais acessível aos brasileiros.
"Eu não sei quem monta uns horários desses, porque no Brasil eram 4 horas da manhã. Acho que isso é uma baita de uma sacanagem, desculpe pela palavra, porque, para o povo brasileiro, fazer um Brasil e Polônia, duas das equipes mais importantes em tradição, e colocar um horário desse... Digo mais em relação ao povo no Brasil", questionou.
"Os caras não tiveram o mínimo de... não sei se é sorteio, mas o mínimo de, sei lá, cabeça mesmo. Não pode colocar um horário desse em um jogo que é desse nível. Olha o jogo que foi. Talvez as pessoas no Brasil tiveram dificuldade de assistir", completou.
Embora o jogo tenha começado cedo no horário local, Bruninho reforçou que a equipe estava preparada. Segundo o levantador, os atletas já se acostumaram com os horários dos jogos, pois acordam cedo todos os dias e às 8h já estão em quadra para os treinamentos.