Boxeadora camaronesa Cindy Ngamba fez história com medalha inédita para refugiados na OlimpíadaAFP

Cindy Djankeu Ngamba garantiu a primeira medalha da história da delegação de refugiados na Olimpíada. A camaronesa venceu por decisão unânime dos árbitros a francesa Davina Michel, e está na semifinal da categoria -75kg. Como no boxe não há disputa pelo terceiro lugar, ela já tem no mínimo o bronze.
Entretanto, Cindy Ngamba é a favorita ao ouro. Agora, enfrentará Atheyna Bylon, do Panamá, na semifinal.
Ao contrário da maioria dos 36 integrantes da equipe de refugiados, que foram convidados, a camaronesa conquistou a vaga para a Olimpíada. Ela é tricampeã, com títulos em categorias diferentes, na Grã-Bretanha, onde mora há 15 anos.
Sem poder retornar a Camarões  sob o risco de morrer por ser homossexual, ela tentou a cidadania inglesa, mas o pedido ainda não foi aceito, o que a impede de competir sob a bandeira britânica. Por isso, recebeu o convite para competir pelos refugiados, sendo inclusive, a porta-bandeiras.
A delegação é composta por 23 homens e 13 mulheres de 11 países que competem por 12 esportes na Olimpíada. Essa é a terceira edição seguida com a delegação especial, que passou a competir sobre essa bandeira na Rio-2016.