Rio - O primeiro dia de provas no Parque Olímpico da Barra atraiu uma legião de crianças de várias escolas infantis do Rio de Janeiro e de outros municípios. Do bairro de Nogueira, em Petrópolis, vieram 56 baixinhos com idade entre 2 e 10 anos assistir ao jogo de basquete em cadeira de rodas masculino, entre Brasil e Estados Unidos. O resultado era o que menos importava.
Do grupo, duas têm necessidades especiais. João Azevedo, 6 anos, é portador de uma paralisia cerebral que afetou a fala e parte de sua visão. Apesar da inibição, o garoto não escondia a alegria em estar com os coleguinhas no Parque Olímpico.
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“A gente está muito feliz de trazê-lo aqui. Queríamos vir na Olimpíada, mas para mim os Paralímpicos são muito mais do que atletas, são heróis e por isso demos preferência de estar aqui”, afirmou o pai, Rui Azevedo.
Caio Alexandre, 11 anos, que também tem paralisia cerebral, não escondia a felicidade de ver de perto os atletas paralímpicos. “Eu vim pelo basquete e quero voltar”, disse, com timidez, abraçando a mãe. “ O Caio superou todas as expectativas, não era para ele falar, andar e correr e ele faz tudo isso. Quando acordou, só falava em vir aqui”, disse a mãe Maria Inês.
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Com uma linha pedagógica voltada para inclusão social, o Colégio Céu Azul fez um gol de placa ao dar uma aula prática para as crianças sobre deficiência.
“Trabalhamos com várias inclusões na escola e a ideia é mostrar que a inclusão pode fazer crianças até melhores que a gente. Muitas vezes, eles se superam e fazem coisas que nem a gente consegue fazer”, disse a diretora Tatiane Cordeiro de Lima, 35 anos.