Por pedro.logato

Rio - O primeiro dia de provas no Parque Olímpico da Barra atraiu uma legião de crianças de várias escolas infantis do Rio de Janeiro e de outros municípios. Do bairro de Nogueira, em Petrópolis, vieram 56 baixinhos com idade entre 2 e 10 anos assistir ao jogo de basquete em cadeira de rodas masculino, entre Brasil e Estados Unidos. O resultado era o que menos importava.

Do grupo, duas têm necessidades especiais. João Azevedo, 6 anos, é portador de uma paralisia cerebral que afetou a fala e parte de sua visão. Apesar da inibição, o garoto não escondia a alegria em estar com os coleguinhas no Parque Olímpico.

Ana e Maria Inês levaram os filhos%2C João e Caio%2C ao Parque OlímpicoMarcia Vieria

“A gente está muito feliz de trazê-lo aqui. Queríamos vir na Olimpíada, mas para mim os Paralímpicos são muito mais do que atletas, são heróis e por isso demos preferência de estar aqui”, afirmou o pai, Rui Azevedo.

Caio Alexandre, 11 anos, que também tem paralisia cerebral, não escondia a felicidade de ver de perto os atletas paralímpicos. “Eu vim pelo basquete e quero voltar”, disse, com timidez, abraçando a mãe. “ O Caio superou todas as expectativas, não era para ele falar, andar e correr e ele faz tudo isso. Quando acordou, só falava em vir aqui”, disse a mãe Maria Inês.

As crianças se divertem assistindo aos jogos da ParalimpíadaMárcia Vieira / Agência O Dia

Com uma linha pedagógica voltada para inclusão social, o Colégio Céu Azul fez um gol de placa ao dar uma aula prática para as crianças sobre deficiência.

“Trabalhamos com várias inclusões na escola e a ideia é mostrar que a inclusão pode fazer crianças até melhores que a gente. Muitas vezes, eles se superam e fazem coisas que nem a gente consegue fazer”, disse a diretora Tatiane Cordeiro de Lima, 35 anos.

Você pode gostar