Por renata.amaral

Rio - "No atletismo és um braço". O hino do Vasco parecia prever o sucesso de Fábio Bordignon na Paralimpíada. A curta carreira de um ano e nove meses no atletismo paralímpico foi suficiente para que o brasileiro conquistasse duas medalhas de prata nos Jogos. A mais recente veio na manhã desta segunda-feira, nos 200m rasos, na classe T35, para atletas com paralisia cerebral, com o tempo de 26s01. Carioca e vascaíno, Fabio, que tem a Cruz de Malta tatuada na perna esquerda, acredita que o "clima de Caldeirão" favoreceu sua boa prova.

Fábio Bordignon é prata na Paralimpíada do RioDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

"Eu tive a oportunidade de estar em Londres, foi com um público grande como esse, mas é muito bom olhar para a arquibancada e ver o público incentivando os brasileiros. Por um instante eu pensei em São Januário. Quando eu entrei no bloco estava bem concentrado, mas vi a torcida gritando meu nome e as pernas tremeram. Por um momento eu pensei: caramba, estou no Caldeirão!", confessou Fabio, que já esteve no Engenhão outras vezes para acompanhar os jogos do Cruzmaltino.

Medalha de prata também nos 100m rasos, o atleta de 24 anos acredita que pode chegar ainda mais longe no esporte.

"Chegar no patamar atual sempre foi um sonho para mim. É bom se sentir realizado, ajudar meu país com duas medalhas de prata, que, para mim, tem gostinho de ouro. Sei que tenho um futuro brilhante pela frente", afirmou.

Reportagem de Yuri Eiras

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