Ana Júlia Alves Marinho da Cunha está desaparecida desde segunda (12)Arquivo pessoal

Niterói - A família da adolescente Ana Júlia Alves Marinho da Cunha, 15 anos, que a procurava em Niterói, a encontrou no Centro da cidade na tarde desta quarta (14). De acordo com parentes, ela havia pulado, na noite de segunda-feira (12), o muro do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi) Monteiro Lobato, no bairro Vital Brazil, onde passava por uma consulta. O motivo seria o fato da mãe ter lhe confiscado o celular.
De acordo com Jorge Armando Paranhos da Cunha, pai da menina, agentes da Guarda Municipal e policiais da 77ª DP (Icaraí), onde a ocorrência foi registrada, localizaram a jovem, realizaram a abordagem e conseguiram detê-la. Até a última atualização desta matéria, ele não havia dado mais detalhes.
A Polícia Civil retornou contato da reportagem confirmando que, segundo a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), responsável por investigar o desaparecimento, "a adolescente foi localizada e já se encontra com seus familiares".
Após o registro na distrital, a família divulgou o desaparecimento nas redes sociais e acabou recebendo informações de que a menina estaria no Centro de Niterói. Relatos dão conta de que ela teria sido vista ao lado de supostos usuários de drogas.
O desaparecimento
A família, que reside no bairro Jardim Icaraí, tem certeza de que o celular confiscado foi a motivação para o desaparecimento de Ana. O pai destaca que o comportamento da jovem vinha sendo inadequado: “Por isso perdeu o aparelho. Ela ficava o dia todo no celular. Tinha crises de ansiedade e chegou a ser internada na semana passada”.
Outro motivo de preocupação eram as amizades que ela fazia no mundo virtual: “Mantinha contato com alguns rapazes que não conhecíamos. Um deles até foi à delegacia prestar depoimento e dizer que não se encontrava com ela para se eximir de responsabilidade”.
Jorge Armando lembra ainda que, devido a contatos pela Internet, a adolescente já havia sumido uma primeira vez no ano passado: “Foi a mesma coisa: contatos em redes sociais. Foi para a casa de um cara em Botafogo (Zona Sul do Rio), mas como o número dele estava na geladeira, conseguimos localizá-la”.