Por douglas.nunes

Preocupada em ter uma classificação de fundos em que o investidor entenda com clareza onde ele está empregando o seu dinheiro, a LUZ Soluções Financeiras lançou uma classificação própria dos fundos de investimentos. De acordo com a consultora Maria Paula Cicogna, o novo modelo busca diferenciar os fundos de acordo com as estratégias dos gestores.

A consultora explica que a nova classificação é uma discussão antiga. De acordo com ela, após um processo intenso de pesquisa, conversas com gestores de fundos (assets) e investidores, o resultado foi a segmentação de acordo com a estratégia de alocação dos recursos. “Desenvolvemos essa classificação porque sentimos a necessidade de um modelo mais amplo do que o permitida pela Anbima”, diz.

Maria Paula ressalta que a classificação da Anbima tem o objetivo de atender o público em geral e não chega no nível de estratégia de gestão, para no tipo de risco e ativo do gestor. “Quando eu conversava com o investidor institucional percebia uma confusão. A LUZ visita as assets e faz todo o processo de due diligence com eles e ao conversar com o gestor sentia que a cabeça de cada um era bem diferente, embora estivessem na mesma classificação Anbima, então resolvemos ter a nossa própria classificação. Nós olhamos para estratégia de gestão”, afirma.

Maria Paula explica que a Classe LUZ foi elaborada de forma totalmente independente da classificação Anbima, que tem uma visão mais direcionada ao fator de risco. São 10 grandes classes, segmentadas em outros dois níveis, alcançando 63 classificações.
“Além de ter sido desenvolvida para atender a demanda dos nossos clientes, a classificação também permitiu que o processo de seleção de gestores e as análises dos relatórios de monitoramento de gestão fossem aprimorados, uma vez que possibilita que apenas gestores com estratégias similares sejam comparados”, explica Maria Paula.

Outro diferencial da classificação é que, ao alinhar fundos com a mesma estratégia, é possível realizar uma seleção mais adequada do benchmark para acompanhamento da performance, fator extremamente importante para a avaliação de risco versus rentabilidade.

A consultora explica que a classificação do fundo é feita conforme definição do próprio gestor, ou seja, a classificação adequada pelo gestor é fundamental para que sua estratégia esteja bem alinhada e os resultados possam ser comparados com outros fundos com características semelhantes.

Maria Paula disse ainda que a proposta encontrou resistência, principalmente nas grandes assets, que têm muitos fundos e o trabalho é grande para classificar. Já as casas independentes acharam apoiaram a ideia. “Sim, houve uma resistência das assets de grande porte porque elas têm que usar duas classificações, a nossa e a da Anbima, mas as independentes apoiaram a ideia porque com a classificação elas conseguem se diferenciar”, afirma.

Segundo ela, as informações sobre a classificação e os fundos estarão disponíveis no site na próxima semana e, o próximo passo é montar um benchmark. “Até o final de junho o benchmark estará pronto”, afirma. “O que a gente anseia é trazer informação para o mercado financeiro como um todo. Queremos informar melhor os investidores para que eles saibam escolher em que fundo aplicar o seu dinheiro”, afirma. Atualmente, a LUZ têm 115 gestores que totalizam 2.171 fundos.

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