Por parroyo

A aversão ao risco prevaleceu por mais um dia nos mercados de todo o mundo por conta do aumento das tensões geopolíticas na Ucrânia. Enquanto as bolsas recuaram, o dólar disparou. O Ibovespa seguiu o desempenho dos índices norte-americanos e terminou em queda de 0,53%, aos 56.188 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,02 bilhões.

“Depois que abateram um caça e um helicóptero na Ucrânia, as bolsas começaram a ceder mais forte. No Brasil, poucas ações subiram. Os investidores estão à espera da pesquisa do Ibope que será divulgada nesta noite”, disse o estrategista-chefe da SLW, Pedro Galdi. O instituto de pesquisas irá divulgar um novo levantamento das eleições no Jornal Nacional desta noite.

À frente dos ganhos, Oi PN passou por um ajuste técnico após as fortes quedas recentes e subiu 4,65% - o papel acumula perda de 8,16% em agosto e de 62,4% no ano. Na contramão, BM&FBovespa recuou 2,80%. O índice foi pressionado principalmente por Petrobras PN, que caiu 0,54% e pelos papéis dos bancos. Itaú PN recuou 0,81% e Bradesco PN teve queda de 0,77%. As ações dos frigoríficos, que operavam no azul até o começo da tarde, como reflexo do aumento do número de empresas autorizadas a vender carnes para a Rússia, também terminaram em baixa. Marfrig ON caiu 1,22% e JBS ON recuou 0,67%.

Nos Estados Unidos, a preocupação com uma possível invasão da Rússia na Ucrânia ofuscou os dados positivos do mercado de trabalho. O número de pedidos de auxílio desemprego recuou para 289 mil solicitações na última semana. Alguns analistas norte-americanos já acreditam que a situação na Ucrânia está no “no último nível”, que precede a perda de controle. O Dow Jones teve queda de 0,46%, o S&P perdeu 0,56% e o Nasdaq recuou 0,46%.

Dólar

No mercado de câmbio, o dólar disparou 0,98%, cotado a R$ 2,296 na venda. A última vez que a divisa chegou perto desse patamar foi em 26 de março, quando fechou em R$ 2,308. O movimento reflete a aversão ao risco decorrente do aumento da tensão geopolítica na Europa. “O ambiente de incertezas requer cautela e, na dúvida, os investidores ampliam posições compradas em dólares como forma de proteção, temendo pelo pior”, apontou o operador de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes da Silva, em nota.

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