Por parroyo
A bolsa paulista fechou em queda nesta quarta-feira, com ações da Vale e de siderúrgicas liderando as perdas do Ibovespa, após o principal índice acionário brasileiro trabalhar de lado em parte da sessão, diante da espera de agentes financeiros para o aguardado anúncio da nova equipe econômica, na quinta-feira.
O principal índice da Bovespa encerrou em baixa de 0,83%, aos 55.098 pontos. O volume financeiro somou R$ 6,32 bilhões, abaixo da média do ano (R$ 7,27 bilhões), com a véspera de feriado nos Estados Unidos ajudando a reduzir o ritmo também no pregão doméstico.
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O governo federal confirmou que os novos ministros da Fazenda e do Planejamento serão anunciados na quinta-feira. Segundo o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, os novos ministros não tomarão posse imediatamente, mas vão trabalhar no Palácio do Planalto fazendo a transição com as atuais equipes.
Uma fonte do governo que acompanha a montagem da nova equipe econômica disse à Reuters que Joaquim Levy vai ser anunciado ministro da Fazenda com a missão de desmontar gradualmente a política anticíclica feita nos últimos anos, revertendo as desonerações tributárias.
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Para ex-diretor do BC Luiz Fernando Figueiredo, a ida de Levy para o governo é um ótimo sinal. “Porém, o tempo é que vai dizer se na realidade o governo dará autonomia necessária para ele”, afirmou o sócio-fundador da Mauá Sekular Investimentos, no chat Trading Brazil da Thomson Reuters nesta quarta-feira.
A bolsa vem embalada desde as primeiras notícias colocando Levy à frente da Fazenda na última sexta-feira, com as ações da Petrobras refletindo o crédito inicial que investidores estão dando ao governo e ao novo time, mesmo com o noticiário desfavorável à empresa, envolvida em denúncias de corrupção.
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As ações da Petrobras passaram boa parte do dia no azul, mas sucumbiram no final, com as preferenciais caindo 0,35 por cento e os papéis ordinários recuando 0,08% .
Vale
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A maior pressão negativa veio de Vale, que quebrou sequência de altas. As preferenciais da mineradora subiram nos últimos quatro pregões, acumulando alta de 9,3%. Nesta sessão, terminaram em baixa de 4%. As ações ON cederam 3,8%.
O setor siderúrgico liderou as perdas, em dia de novas notícias desfavoráveis, incluindo previsão do Instituto Aço Brasil (IABr) de alta de apenas 4% nas vendas da liga no mercado interno em 2015. No caso de Usiminas, o BofA Merrill Lynch ainda cortou o preço-alvo do papel de R$ 7 para R$ 4,9.
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A queda nos papéis dos bancos privados Itaú e Bradesco também pesou, assim como a reversão dos ganhos de Banco do Brasil após declarações do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, sobre as ações da instituição e o Fundo Soberano Nacional.
Ainda no setor, a unit do Santander Brasil perdeu 2,7%, devolvendo boa parte dos ganhos da véspera. O BTG Pactual reduziu a recomendação para o papel a "venda", citando o forte desempenho no ano, com prêmio excessivo sobre seus pares Itaú Unibanco e Bradesco.
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O recuo do dólar ante o real, que ajudou a pressionar as siderúrgicas, também colocou na ponta negativa o segmento de papel e celulose, com Fibria caindo 3,6% e Suzano recuando 2,8%.
Cosan, por sua vez, manteve-se como um dos destaques de alta do índice, fechando em alta de 4,56%, após a Folha de S.Paulo publicar que o governo planeja retomar a cobrança da Cide sobre a gasolina. Trata-se de uma demanda do setor do etanol para melhorar a competitividade.