Por parroyo
O Ibovespa  fechou o pregão volátil e de poucos negócios desta terça-feira em alta superior a 1%, seu terceiro ganho diário consecutivo, acompanhando as ações norte-americanas após dados melhores que o esperado sobre a economia do país.
No Brasil, as ações de Petrobras e Vale ficaram entre as principais influências positivas. O principal índice da Bovespa fechou em alta de 1,53%, aos 50.889pontos.
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O volume financeiro foi mais fraco que o normal, de 4,5 bilhões, bem abaixo da média diária de 2014 de R$ 7,3 bilhões, com muitos participantes do mercado já fora de suas mesas diante da aproximação das festas de fim de ano.
À frente dos gamhos, Rossi ON disparou 25,19%. Operadores afirmaram que não havia uma razão específica para a disparada do papel da Rossi, que passava por recuperação de preço. A ação da empresa ainda acumula queda de 68% em 2014. Na contramão, Gol PN perdeu 2,93%. Entre as blue chips, Petrobras PN subiu 6,30% e os papéis PN avançaram 5,95%. Vale PN, por sua vez, teve alta de 4,56%.
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"É um ajuste mais técnico, com investidores aproveitando os patamares mais deprimidos dos preços", disse o operador Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management. "Há algum movimento de investidores estrangeiros. Foi muito negativo o fluxo nas semanas passada e retrasada e agora vemos algum fluxo no sentido contrário", acrescentou.
Operadores afirmaram que os movimentos dos papéis da Petrobras, que está no centro de um suposto esquema bilionário de corrupção, refletem até aqui nesta semana principalmente os baixos preços que a cotação atingiu nos últimos dias, com a ação preferencial indo ao menor patamar desde maio de 2005, o que chamava compradores, em detrimento de notícias pontuais.
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A estatal divulgou mais cedo que bateu recorde histórico de produção própria diária de óleo e LGN que durava quatro anos.
No exterior, os principais índices norte-americanos atingiram novos recordes durante os negócios, o que também foi favorável para a Bovespa. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre foi revisado para cima para mostrar crescimento em ritmo anual de 5%, ante 3,9% divulgado no mês passado. A expectativa de economistas consultados pela Reuters era de expansão ao ritmo de 4,3%.
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Além disso, o petróleo tipo Brent subia mais de 1%, um alívio para investidores após a derrocada da commodite ter trazido intensa aversão ao risco ao mercado mais cedo neste mês.
Câmbio
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O dólar subiu mais de 1,5% nesta terça-feira, voltando para o patamar de R$ 2,70, após a divulgação do PIB dos Estados Unidos, que mostrou fortalecimento da economia norte-americana no terceiro trimestre deste ano e motivou a ampliação de apostas de aumento de juros pelo Federal Reserve. A moeda norte-americana fechou em alta de 1,64%, a R$ 2,704 na venda. 
"O PIB dos EUA mostra que a economia começa a dar sinais de forte crescimento", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, acrescentando que os dados mais fortes da economia dos EUA podem levar o Fed, banco central dos EUA, a elevar a taxa de juros mais cedo que o esperado. "O mercado aqui já reagiu se comportando preocupado com essa possibilidade."
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A economia norte-americana cresceu no ritmo mais rápido em 11 anos no terceiro trimestre. O Departamento do Comércio informou nesta terça-feira ter revisado para cima sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ritmo anual de 5%, ante 3,9% divulgados no mês passado, citando gastos mais fortes de consumidores e empresas do que havia levado em conta anteriormente.
"O mercado estava parado com o dólar até caindo pouco logo cedo, sem nenhuma informação, mas veio o dado forte dos Estados Unidos e o rumo mudou", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold.
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O mercado de câmbio não abrirá em 25 de dezembro e 1º de janeiro e funcionará de forma limitada nas vésperas do Natal e do Ano Novo. Agentes financeiros evitavam fazer grandes operações, limitando o volume de negócios e deixando a cotação à mercê de fluxos pontuais.
Internamente, o mercado continua esperando a definição de como será a extensão do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio, marcado para durar até 31 de dezembro. O presidente do BC, Alexandre Tombini, já afirmou que os leilões diários de swaps cambiais, que correspondem a venda futura de dólares, serão mantidos no ano que vem, com volumes equivalentes a entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões.
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