O principal índice da Bovespa fechou em forte queda nesta quinta-feira, com Petrobras entre as principais pressões de baixa, corrigindo alta expressiva da véspera, em meio à cautela antes do término da reunião do Conselho de Administração da estatal no Rio de Janeiro.
Nem a alta do petróleo nos mercados internacionais, em meio ao aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio, freou a queda de quase 5% nos papéis da estatal. O Ibovespa fechou em queda de 2,47%, aos 50.579 pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 6,5 bilhões.
Na véspera, as preferenciais da Petrobras fecharam em alta de cerca de 5%, em meio a expectativas relacionadas à divulgação do balanço da companhia, após reportagem na mídia afirmar que o método de avaliação das baixas contábeis havia sido aprovado por órgãos reguladores. A estatal negou a informação nesta quinta-feira.
Dólar
No mercado de câmbio, o dólar encerrou em queda nesta segunda-feira, ao fim de mais uma sessão de volatilidade, em um mercado sensível a fluxos pontuais após o Banco Central anunciar que não renovará seu programa de intervenções diárias.
A moeda norte-americana caiu 0,39%, cotada a R$ 3,190 na venda. Diversos agentes financeiros consultados pela Reuters citaram operações cambiais relevantes para explicar o sobe e desce da divisa ao longo da manhã. Era unânime a opinião de que o impacto dessas transações foi exacerbado pela elevada volatilidade que vem permeando o mercado nas últimas sessões, reforçada pela decisão do BC.
"É possível que a volatilidade diminua em alguns dias, mas por enquanto, o mercado está muito sensível. Qualquer operação faz preço", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Investidores também monitoraram a firme alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos nesta sessão, que levou o dólar a subir contra boa parte das moedas emergentes. O movimento dos Treasuries veio após leilão de notas de sete anos do governo dos EUA apresentar demanda fraca.
"O mercado está muito volátil e os investidores não têm segurança para trabalhar no longo prazo. Então você acaba tendo isso, um mercado imprevisível", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.