Por parroyo

O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta segunda-feira e recuperou o patamar dos 51 mil pontos perdido na semana passada, em meio ao quadro benigno nas bolsas no exterior e um noticiário corporativo local abundante, com Cesp entre os destaques positivos, após anunciar pagamento de dividendos.

O Ibovespa avançou 2,29%, aos 51.243 pontos, com papéis de bancos privados respondendo pela principal contribuição positiva, diante da alta de 3,37% de Itaú Unibanco e de 2,10% de Bradesco. As ações respondem juntas por quase 20 por cento do índice. O volume financeiro da sessão somou R$ 5,3 bilhões.

Os discursos alinhados da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, neste segunda-feira, após uma fala do ministro sobre a presidente ter gerado ruído, também ajudaram o mercado acionário.

Os papéis da Petrobras corroboraram o tom positivo, conforme investidores seguem analisando as mudanças no Conselho de Administração e aguardam a divulgação do balanço auditado da petroleira. As ações preferenciais da estatal fecharam em alta de 3,62% e as ordinárias avançaram 4,01%.

No front internacional, o setor de biotecnologia figurou entre os nomes mais ativos em meio a uma série de anúncios de fusões e aquisições, favorecendo ganhos em Wall Street. O índice S&P 500 avançou 1,22%. A possibilidade de novos estímulos econômicos na China também proporcionou suporte.

Em nota a clientes logo cedo, o analista Marco Aurelio Barbosa, da CM Capital Markets, ainda destacou os comentários da chair do Federal Reserve, na sexta-feira, "que não indicou que os juros nos Estados Unidos comecem a subir tão cedo quanto acreditavam alguns agentes do mercado".

O momento e intensidade da alta dos juros "fazem enorme diferença para o fluxo de capital de investimento de portfólio, principalmente para economias emergentes como a nossa", afirmou.

O avanço do Ibovespa ainda encontrou suporte em relatório do Morgan Stanely, elevando sua recomendação para as ações brasileiras para "neutra" ante "underweight" (abaixo da média do mercado). Os analistas do banco veem o Ibovespa sendo negociado mais perto da estimativa otimista do banco para o final do ano de 60 mil pontos do que do seu cenário base de 50 mil pontos.


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