O tom negativo prevaleceu na bolsa paulista nesta quarta-feira, com os papéis de bancos e da mineradora Vale entre as maiores pressões de baixa, em sessão também afetada por resultados corporativos e rebalanceamento do índice MSCI Brasil.
O Ibovespa fechou em queda de 0,74%, aos 56.372 pontos. O volume financeiro somou R$ 6,6 bilhões.
A trégua nos Treasuries mais longos que amparou ganhos mais fortes em Wall Street na primeira etapa da sessão também perdeu fôlego e o S&P 500 terminou com variação negativa de 0,03%, corroborando a debilidade no mercado acionário brasileiro.
A MSCI, por sua vez, divulgou na véspera o rebalanceamento semestral de seus índices de ações que passa a vigorar no fechamento de 29 de maio.
O Credit Suisse disse antes da abertura do pregão desta quarta que o impacto do ajuste se daria na saída de fluxo relevante em Bradespar, Gerdau Metalúrgica e Eletrobras ON, que foram excluídas do MSCI Brasil.
Em nota a clientes, o Credit Suisse também estimou fluxo positivo, embora não expressivo, para Klabin, Grupo Pão de Açúcar, Suzano, Cetip, Oi e Qualicorp, decorrente do ajuste.
Gol, MRV Engenharia e Telefônica Brasil estiveram no radar de investidores com resultados trimestrais e perspectivas, conforme a temporada local de balanços se aproxima do fim.
Destaques
Vale fechou com as preferenciais em queda de 3,27% e as ordináricas em baixa de 2,6%, após novo recuo dos preços do minério de ferro. A Moody's colocou na véspera os ratings da companhia em perspectiva negativa.
Gol reverteu perdas iniciais e subiu 2,46%, mesmo após o prejuízo saltar para R$ 672,7 milhões no primeiro trimestre, com analistas avaliando positivamente dados operacionais da companhia aérea. O Bradesco BBI ainda escreveu em relatório que uma potencial fusão com a panamenha Copa Airlines poderia corrigir o balanço patrimonial e aumentar a proteção natural da Gol.
Petrobras foi destaque entre as contribuições positivas, com as preferenciais em alta de 1,3% e as ordinárias subindo 1,50%. A companhia divulga resultado trimestral na sexta-feira, após o fechamento dos mercados no Brasil.