O aspartame é usado em refrigerantes dietéticosFoto: Freepik - Creative Commons

 Guapimirim – Consumidores de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e de outras partes do Brasil e do mundo precisam ficar atentos: o adoçante aspartame é ‘possivelmente cancerígeno para humanos’ e foi classificado na categoria internacional Grupo 2B. A avaliação é da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês) – vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS) – e do Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (JECFA/FAO, na sigla em inglês) e foi divulgada nessa quinta-feira (13/7).
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) estabelece quatro categorias para os produtos:
* Grupo 1: carcinogênico para humanos.
* Grupo 2A: provavelmente cancerígeno para humanos.
* Grupo 2B: possivelmente cancerígeno para humanos.
* Grupo 3: não classificável.
O aspartame é um tipo de adoçante sem açúcares, artificial (químico), popular amplamente usado desde a década de 1980 no controle da diabetes e da obesidade. É utilizado em mais de seis mil produtos como adoçar cafés, chás e sucos por parte dos consumidores e também no mercado industrial. Seu uso vai desde bebidas dietéticas como refrigerantes, além de gelatinas, chicletes, pastilhas para tosse, iogurtes, pastas de dente, medicamentos etc.
“O câncer é uma das principais causas de morte no mundo. Todos os anos, uma em cada cem pessoas morre de câncer. A ciência está continuamente se expandindo para avaliar os possíveis fatores desencadeantes ou facilitadores do câncer, na esperança de reduzir esses números e o custo humano”, destacou o dretor do Departamento de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, Francesco Branca.
Ainda de acordo com o comunicado, a classificação do aspartame como um risco à saúde humana possui ‘evidência limitada’ em animais experimentais e em humanos, especialmente no carcinoma hepatocelular, um tipo de câncer do fígado.
O comunicado também afirma que é possível consumir aspartame dentro do limite aceitável cuja ingestão diária é de 40 mg/kg de peso corporal. “Por exemplo, com uma lata de refrigerante diet contendo 200 ou 300 mg de aspartame, um adulto pesando 70 kg precisaria consumir mais de 9 a 14 latas por dia para exceder a ingestão diária aceitável, assumindo que não há ingestão de outras fontes alimentares”, explicou.
Um estudo do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental dos Estados Unidos, divulgado em 2007 no portal da Biblioteca Nacional de Medicina daquele país, apontou um aumento relacionado à incidência de tumores malignos em ratas alimentadas com aspartame desde as oito semanas de vida até a morte.
A nova classificação por parte da OMS e da FAO reforça uma suspeita de décadas sobre o suposto risco de o aspartame ser cancerígeno. Falta saber se a indústrias alimentícia e farmacêutica continuarão usando aspartame ou se vão substitui-lo em suas formulações.
Vale destacar que, em maio deste ano, a OMS afirmou que adoçantes sem açúcares como o aspartame, por exemplo, não ajuda a controlar o peso nem a reduzir risco de doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo.