Em 2023, os guapimirienses fizeram uma caminhada contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentesFoto: Secom PMG - Redes Sociais

Guapimirim – O município de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, terá uma caminhada em prol do Maio Laranja, campanha anual de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. O evento está marcado para a próxima sexta-feira (17) a partir das 8h30. O ponto de concentração será em frente a Prefeitura de Guapimirim, no bairro Cantagalo. De lá, os manifestantes seguirão pela Avenida Dedo de Deus, principal via da cidade, até a Praça da Emancipação, no Centro.
Em Guapimirim, o ato está sendo organizado pelo Poder Executivo Municipal e é aberto para todos que quiserem participar.
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é celebrado no dia 18 de maio. A campanha ‘Faça Bonito’ é incentivada pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e Rede ECPAT Brasil em parceria com organizações de direitos humanos e com o poder público.
A data foi criada por meio da Lei Federal nº 9.970/2000 e remete ao caso Araceli Cabrera Sánchez Crespo, menina de 8 anos que foi raptada em 18 de maio de 1973 ao sair da escola no Espírito Santo. Ela foi drogada, espancada por dois dias, estuprada, assassinada e carbonizada. O corpo foi encontrado dias depois. Vinte anos após, o caso prescreveu, e os acusados foram absolvidos por falta de provas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2023, de 204 milhões de crianças e adolescentes em todo o planeta, 9,6% são vítimas de exploração sexual, 22,9% sofrem abuso sexual físico e 29,1% têm danos emocionais.
“Os dados mostram que, a cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes são explorados sexualmente no Brasil – no entanto, esse número pode ser ainda maior, já que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados. O estudo ainda esclarece que 75% das vítimas são meninas e, em sua maioria, negras”, informou a OMS.
Casos de violências e de violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes podem ser denunciados perante os conselhos tutelares, nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), nas delegacias de polícia e nas Varas da Infância e da Juventude.