Rio - Demi Morre, de 61 anos, falou sobre a quantia que recebeu pela atuação no filme "Striptease", de 1996, ao participar do podcast The Interview, do The New York Times. O cachê, na época, de US$12,5 milhões, a tornou a atriz mais bem paga do mundo por um papel, o que gerou muitas críticas. Ela recordou como algumas pessoas tentaram "derrubá-la" a partir do momento em que começou a receber salários proporcionais aos de artistas masculinos.
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"Com Striptease, parecia que eu tinha traído as mulheres", disse Demi em relação à personagem em que precisou mostrar o corpo durante a interpretação.
Ela acrescentou: "Com G.I. Jane, parecia que eu tinha traído os homens. Mas o que eu acho interessante é que, quando me tornei a atriz mais bem paga, por que, naquele momento, a escolha foi me derrubar?".
A atriz refletiu também sobre não ter sido um alvo de forma pessoal, mas pelo lugar que tinha ocupado. "Eu não levo isso para o lado pessoal. Acho que qualquer pessoa que estivesse na posição de ser a primeira a obter esse tipo de igualdade salarial provavelmente teria sofrido um golpe. Mas, como eu fiz um filme sobre o mundo da striptease e o corpo, me senti muito humilhada", apontou.
Quando o longa foi ao ar, a artista era casada com o também ator Bruce Willis. "Não se tratava de me comparar a ele. Sim, eu via o que ele recebia, mas era mais sobre: 'Por que não eu? Se estou fazendo o mesmo trabalho, por que não?'", destacou.
Moore reforçou que não enxerga que os "ataques" que sofreu foram pessoalmente contra ela. "O relato rapidamente se tornou: ‘Bem, ela só está recebendo esse valor porque está interpretando uma stripper.’ Isso me atingiu muito. Mas, ao mesmo tempo, eu entendi que qualquer um que se destacasse primeiro iria sofrer as consequências. Isso vale para qualquer pessoa que desafie o status quo", finalizou.
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