Rio - Balanço da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) revela que o tíquete médio das cartas aumentaram para R$ 129.500 em setembro ante R$ 116.100 do mesmo mês do ano passado. Esse resultado aconteceu mesmo com a crise econômica e com a retração nas vendas de novas cotas e nos créditos comercializados. Atualmente, o sistema conta com 795 mil consorciados ativos e de janeiro a setembro foram vendidas 158.500 novas cotas. Esse segmento movimentou R$ 18,33 bilhões nos primeiros nove meses do ano. Desse total, R$ 90,02 milhões vieram das contas vinculadas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de 2.428 trabalhadores que optaram pelo sistema.
Segundo o Leonel Daher, diretor da Leonel Consórcios, adquirir o imóvel por este modelo é uma boa opção para quem não tem pressa. Já que o sistema funciona como se fosse uma compra programada. A modalidade não cobra juros apenas atualiza anualmente as parcelas e o valor da carta. Os interessados têm que pagar taxa de administração, fundo de reserva e seguro. Leonel orienta ainda que é preciso verificar a idoneidade da administradora de consórcios e ficar ciente que a contemplação somente vai acontecer por sorteio ou lance. Neste caso, para ter acesso mais rápido ao bem. “O imóvel que será adquirido pela carta de consórcio tem que estar totalmente legalizado. Atualmente, a taxa de administração varia de 15% a 20%. O prazo de pagamento pode chegar a 200 meses, mas a média é de 150 meses”, explica Leonel. De acordo com ele, para uma carta de R$ 150 mil, o consorciado vai pagar 100 parcelas de R$ 1.950 ou 120 mensais de R$ R$ 1.625. Já para um imóvel de R$ 500 mil, a prestação será de R$ 4.333 por um período de 150 meses e de R$ 3.250 durante 200 meses. Vale lembrar que os bancos também oferecem carta de consórcios.