Por thiago.antunes

Rio - Decorar e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo, transformando o que não é mais usado em itens decorativos, é uma tendência que veio para ficar. Além disso, a escolha consciente pode representar economia para o bolso. Um exemplo é a madeira padrão demolição, da madeireira Flaviense. Flavio Aurélio, diretor da empresa, explica que a técnica é uma forma de proteger o meio ambiente.

Coleção Escamas%2C Marcelo Rosenbaum%2C Santa LuziaDivulgação

"Investimos em uma máquina italiana que deixa a madeira com aparência de demolição. Uma das vantagens é que esse material chega a custar 20% menos se compararmos ao modelo original. E o nosso produto pode ser usado da mesma forma, como revestimento de parede, portas e detalhes de móveis como rack. Sem contar que é reciclado", lembra Flavio.

Ele complementa que o produto foi pensado para arquitetos, pois acredita que o diferencial agrega valor aos projetos. "Desenvolvemos o projeto sob medida para os arquitetos e ainda fazemos a colocação", explica. A Flaviense conta com quatro lojas em Duque de Caxias e São Gonçalo, além de uma filial em Campo Grande, no Rio.

Gilberto Zanetti%2C presidente da Santa LuziaDivulgação

Considerado um dos "vilões" do meio ambiente, o isopor ganhou destino certo na Santa Luzia. A indústria de rodapés e superfícies alia sua expertise artesanal em molduraria a processos industriais de reciclagem de resíduos. Em 2016, a empresa, que conta com cerca de 400 colaboradores para isso, reciclou 5.221 toneladas de poliestireno (isopor). E, até setembro deste ano, já foram recicladas 4.165 toneladas do material. "Se continuarmos neste ritmo, até o fim do ano teremos coletado 5.553 toneladas, um número 6% maior que o do ano anterior", conta Gilberto Zanetti, presidente da indústria.

Hoje, o recolhimento de isopor em desuso é feito em todo o país, e diversas empresas de outros segmentos se beneficiam tendo onde despejar o material. Todo o processo de reciclagem e produção de produtos feitos com reciclados pode ser visto na fábrica da empresa em Braço do Norte (SC).

Flavio Aurélio%2C diretor da madeireira FlavienseDivulgação

"Essa iniciativa é muito importante para garantir o futuro da Santa Luzia e também das próximas gerações. Temos uma grande preocupação com o futuro da madeira e sabíamos de todas as dificuldades de manter o negócio baseado 100% em produtos produzidos com essa matéria-prima. Por isso, resolvemos iniciar uma migração para algo que traz benefícios não somente para a empresa, mas também para o meio ambiente", afirma Zanetti. Segundo ele, o isopor na Santa Luzia se transforma em rodapés, rodameios, guarnições, molduras, porta-retratos e rodatetos.


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