Prefeito Alfredão é acusado de ter desviado verba pública para campanha do filho Murillo Foto Rede social (arquivo)

Itaperuna – A administração do prefeito de Itaperuna, Alfredo Paulo Marques Rodrigues (Alfredão), está sendo chamada de “desgoverno” e gerando reflexos negativos na Câmara Municipal, com suspeitas de que estaria havendo articulação de um esquema para blindá-lo de um possível impeachment.
As denúncias contra Alfredão têm esquentado o clima na Câmara, onde servidores municipais protestaram recentemente pedindo providências contra medidas do prefeito que os prejudicam, com cortes de salários e benefícios.
Revoltados, os servidores apontam que o governo alega, em publicação, que “através do decreto nº 7079, iniciou um período de contingenciamento visando à estabilidade e equilíbrio das contas públicas”; porém, o prefeito é investigado por possível desvio de verba pública.
Por meio do portal oficial, o governo divulga ações que o caracterizam como “exemplar” e acabam levando quem as reproduz a equívocos. “Diz que pagou os salários atrasados, mas não é verdade, porque tem um monte de RPA que foi demitido e nada recebeu”, reclama uma servidora.
Das poucas vozes no Legislativo que clamam por lisura na administração de Itaperuna, a vereadora Keila do Toldo tenta articular, desde o dia 14 de junho, o impeachment do prefeito Alfredão, acusado por ela de “causar um rombo na prefeitura para eleger seu filho, Murillo Gouvea, deputado federal”.
A posição da vereadora se sustenta em investigação que é feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), a qual levou o deputado estadual Filippe Poubel (PL) a defender, em plenário, o afastamento imediato do prefeito Alfredão do cargo. As críticas do parlamentar são pesadas e terão desdobramento, segundo afirma em entrevista a O Dia.
Por meio de nota, o Departamento de Comunicação (Decom) diz que Alfredão só se manifestará quando for citado. No entanto, há expectativa de que ele possa vir ser penalizado a qualquer momento e a decisão refletir no mandato do filho na Câmara Federal.