No centro da foto, já melhor, Pedro Davi, de bermudas jeans escura, ao lado de seus heróis preferidos29/143
O som baixo, mas desesperado proveniente do veículo chamou imediatamente a atenção dos policiais. Dentro do compartimento de cargas, preso e em pânico, estava David Pedro, de 72 anos, enfrentando uma combinação perigosa de desidratação e calor escaldante, já sem forças para qualquer reação, O cenário era urgente e exigia ação imediata.
Sem tempo a perder, as guarnições rapidamente contactaram o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). No entanto, o estado crítico de David, com sinais claros de desorientação e quase perdendo a consciência, não permitia esperar a chegada dos bombeiros.
A cena que se desenrolava era angustiante e cheia de tensão, David estava bem-debilitado. A equipe de heróis realizou os primeiros socorros até a chegada da viatura ASE-502 do CBMERJ, sob o comando do Major Bombeiro Bruno Sá Monteiro de Barros. Os bombeiros assumiram os cuidados médicos, estabilizando David e garantindo sua segurança. Emocionado e grato, ele explicou que estava na cidade a trabalho, vindo da Bahia, e que entrou no compartimento de cargas sem perceber que a maçaneta estava defeituosa, ficando preso, se desesperando pois gritava e ninguém o ouvia.
A ocorrência foi um exemplo claro de como a prontidão e a coragem das forças de segurança podem transformar um dia comum em uma narrativa de heroísmo. A rápida atuação dos policiais militares Fernando José Guedes Moraes, Rafael Taranto Mazorque, Giovanni Tavares Santana, do investigadorda Polícia Civil, Reinaldo Severo, e da equipe do CBMERJ, com o major Bruno Sá Monteiro de Barros, o tenente Giacomo, os sargentos Célio Garcia, Luciano, e Guerreiro, o cabo Marins, mais os soldados Sanches, Felipe Alves, e Batalha, manteve a integridade física de Davi Pedro.
O QUE PODE ACONTECER EM CASOS ASSIM
Um homem de 72 anos pode sobreviver por um período relativamente curto em um recinto metálico fechado, sem água, em um dia de mais de 30º graus centígrados. Em um dia assim, a sensação térmica dentro de um furgão fechado pode facilmente ultrapassar os 50°C. O efeito estufa faz com que o calor fique aprisionado no interior do veículo, aumentando rapidamente a temperatura.A desidratação e o aumento da temperatura corporal podem ocorrer rapidamente nessas condições.
Sem água, o corpo perde líquidos através da transpiração e da respiração, levando à desidratação severa e desmaios em questão de horas. Além disso, o dióxido de carbono exalado se acumula no espaço fechado, reduzindo a concentração de oxigênio e causando tonturas, confusão e perda de consciência.
Mesmo à sombra, a temperatura interna do furgão pode aumentar significativamente, levando à exaustão pelo calor e, em casos graves, ao golpe de calor. Em resumo, um homem de 72 anos pode desmaiar em menos de cinco horas devido à combinação de desidratação, acúmulo de dióxido de carbono e efeitos do calor, e falecer em seguida.

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