Crianças e adolescentes de Japeri com suspeita de Transtorno do Espectro Autista (Tea) poderão contar agora com diagnóstico precoce. A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), firmou parceria com o Complexo Estadual de Regulação (CER) para atendimento e definição do diagnóstico de Tea. A ação, que teve início na quarta-feira (17/04), marca o mês de conscientização sobre o Autismo.
As famílias de crianças e adolescentes que aguardam por laudo podem realizar o agendamento no setor de triagem do Centro Municipal de Especialidades (Cemes), em Engenheiro Pedreira, levando cartão do Sus, identidade do responsável e da criança ou adolescente, comprovante de residência, guia de contrarreferência fornecida pelo neuropediatra ou psiquiatra com história clínica do paciente, além de exames laboratoriais, eletroencefalograma ou de imagens.
A ação vai permitir a ampliação da linha de cuidados voltada para esses pacientes. Os atendimentos serão realizados no primeiro Centro Estadual de Diagnóstico para o Transtorno do Espectro Autista (CedTEA) do Rio de Janeiro, inaugurado no dia 5 de abril no bairro da Gávea, dando assistência aos 92 municípios do Estado.
O CedTEA vai atuar no diagnóstico precoce e diferenciado de pacientes com autismo. A meta é realizar 20 atendimentos por dia.
Atendimento de neuropediatria em Japeri
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Reabilitação Infantil (Cri), realiza atendimento de pacientes de 0 a 17 anos na especialidade de neuropediatria. Com 23 atendimentos diários, os pacientes são encaminhados pelas unidades de saúde e de ensino, e ainda por demanda espontânea.
A dona de casa Luana Feitosa, moradora do bairro Guandu, foi encaminhada ao Cri inicialmente pela Escola Municipal Leonel Brizola, devido ao quadro de agitação, choro contínuo e pouca participação nas atividades de sala de aula apresentado pelo seu filho João Lucas, de 9 anos. “Eu fiz o atendimento com o Lucas no Cri e depois meu outro filho, João Matheus, de 3 anos, foi encaminhado pela unidade de saúde do Guandu, onde foi detectado que ele não desenvolvia a fala e se comunicava com sinais e choro. Uma boa assistência faz toda a diferença”, relatou.
Já Fernanda Ribeiro levou o filho Samuel André, de 5 anos, para a consulta depois que foi aconselhada por uma amiga em virtude do comportamento agitado da criança, que passa por avaliação desde o final de 2023. “Ele fez o exame de eletroencefalograma e agora estou ansiosa pela definição diagnóstica que será dada pelo neuropediatra. Com essa situação definida eu vou poder, junto à escola, ver o tipo de atendimento na sala de recursos, e outras atividades que ele pode e deve ser inserido. É muito importante esse trabalho, somos muitas mães precisando desse caminho de atenção e cuidado”, disse.
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