Audiência pública reúne comunidade e especialistas para apresentar diretrizes do Macaé +20Foto: Divulgação

Macaé - A Câmara Municipal de Macaé virou palco de um debate que promete redesenhar a cidade pelas próximas duas décadas. O Programa Macaé +20, construído com a participação de técnicos, universidades, setor produtivo e moradores, ganhou uma apresentação detalhada diante dos vereadores e da população, mostrando o que se espera para o município até 2045.
O encontro foi conduzido pelo Escritório de Gestão, Indicadores e Metas, que dedicou dois anos e meio à elaboração do material. O coordenador Rômulo Campos explicou que o plano foi estruturado em três fases, reunidas em cadernos que servirão de guia para políticas públicas de longo prazo. Ele destacou que o estudo buscou referências em cidades que já trabalham com planejamento integrado, como Niterói, São Paulo e Maringá, além do apoio de instituições como UFF e UFRJ.
Rômulo reforçou que o Programa Macaé +20 segue aberto para contribuições da população até 30 de dezembro, em seis áreas essenciais: sustentabilidade ambiental, inovação econômica, educação, infraestrutura urbana, inclusão social e saúde, além de segurança integrada. As sugestões serão compiladas e entregues ao Executivo no início de 2026.
O secretário de Planejamento e Gestão, Wagner Motta, pontuou que o plano já influencia decisões estratégicas, orientando o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária aprovados no Legislativo. Segundo ele, Macaé avança em uma gestão que identifica desafios e apresenta soluções alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Entre as preocupações levantadas, o vereador Marvel Maillet questionou como garantir a continuidade do projeto nas próximas administrações. A resposta veio do coordenador Felipe Loureiro, que afirmou que o monitoramento de indicadores, a produção de relatórios e a capacitação dos servidores vão assegurar a aplicação correta do plano.
O professor da UFF Juliano Alves reforçou que a Câmara tem papel fundamental na fiscalização e no acompanhamento da execução, defendendo a construção de um pacto social que garanta o cumprimento das metas. Para ele, o futuro de Macaé depende da união entre governo, instituições e moradores para transformar o planejamento em resultados concretos.