Dia da Limpeza vai ocorrer em MagéRodrigo Campanário/Divulgação

Magé - A poluição ambiental está crescendo em números alarmantes. De acordo com dados do Banco Mundial, a geração global de resíduos aumentará em 70% nos próximos 30 anos. Diante deste cenário desolador, pessoas em todo o mundo estão se unindo em prol de um futuro melhor para o planeta. Graças a essa união, surgiu o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias (Clean Up Day), que terá mais uma edição neste mês de setembro. Em Magé, dezenas de voluntários se unirão ao Projeto Do Mangue ao Mar — realizado pela ONG Guardiões do Mar, em convênio com a Transpetro — para uma grande ação de limpeza na praia de Porto Velho (Piedade), no dia 21, às 9h. O objetivo é sensibilizar a população para esse movimento solidário e de reflexão por um ambiente mais limpo e saudável.
Apesar da ação ser aberta a todos interessados, os voluntários que desejarem poderão se inscrever previamente por meio do link para participar de uma capacitação on-line. Nessa Formação de Lideranças para Limpeza de Praias e outros Ambientes, os inscritos serão orientados quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs), extensão da área a ser trabalhada, dinâmica da atividade e tudo que o precisa para se preparar para o Clean Up Day ou organizar sua própria limpeza em sua comunidade.
Os voluntários vão atuar nas praias para recolher o lixo descartado incorretamente. A ação é dividida em duas partes: coleta e triagem. O material coletado na limpeza, após classificação, registro e pesagem, ajudará a formar um panorama dos resíduos que chegam à costa, para efetiva implementação de ações pelo poder público.
“Infelizmente, há uma estimativa que, se não fizermos nada, até 2050, teremos mais plástico nos mares do que peixes. Esse é o futuro que queremos deixar para nossas crianças? Devemos tratar os oceanos como se a nossa vida dependesse deles, porque é isso que acontece. O desperdício é um sintoma, um resultado cruel do nosso estilo de vida. Mais do que uma faxina, o Dia Mundial da Limpeza é uma chance de impulsionar a cooperação entre voluntários, poder público e sociedade em direção a soluções”, afirma a oceanógrafa Andie Maral, que coordena também a implementação do Programa de Educação Ambiental para o Combate ao Lixo do Mangue ao Mar (PEA-CoaLiMMar).
Em edições anteriores e outras ações de limpeza, a ONG Guardiões do Mar coletou mais de 74 toneladas de resíduos de ambientes costeiros e marinhos, sendo a organização que mais retirou resíduos sólidos do Recôncavo da Guanabara nos últimos 11 anos. Do total coletado, o maior percentual foi de resíduos plásticos e lixos urbanos de uso único, encontrados sob diferentes formas, desde itens como sacos de plástico e fragmentos de isopor, até canudos e anéis de plástico de embalagens de bebidas, que podem conduzir ao enredamento e lesões em peixes, mamíferos e aves marinhas.