Balão gigante representando o presidente dos EUA, Donald Trump, como um bebê laranja - AFP/ Tolga Akmen
Balão gigante representando o presidente dos EUA, Donald Trump, como um bebê laranjaAFP/ Tolga Akmen
Por AFP

Londres - Milhares de pessoas se reuniram em Londres nesta sexta-feira para protestar contra a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Este é o carnaval da resistência" e "Minha mãe não gosta de você, e ela gosta de todo mundo!", eram alguns dos cartazes carregados pelos manifestantes que avançavam pela Oxford Street com destino a Trafalgar Square.

"Não ao Trump, não à Ku Kux Klan, não aos EUA fascista!", gritavam, batendo panelas ou tocando trombetas.

Também eram numerosos os balões laranjas com o lema "Stop Trump", assim como slogans feministas.

Manifestantes contra a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, no Reino Unido, segurando cartazes enquanto participam de uma passeata em Londres (AFP photo / Tolga Akmen) - AFP

"Donald Trump é misógino, machista, homofóbico, xenófobo, promove a intolerância... e tem pequenas mãos!", disse uma manifestante, Georgina Rose, de 42 anos, usando uma piada comum sobre o presidente e empresário.

Grant White, de 32 anos, usava uma faixa representando Trump como o pássaro do logotipo do Twitter, com uma suástica sob a asa.

"Sou antiBrexit, antiTrump. Há uma onda de fascismo da qual temos que nos libertar", disse.

A imagem do dia era, no entanto, o grande balão representando Trump como um bebê de fraldas voando no céu perto do Parlamento por algumas horas, com a aprovação do prefeito Sadiq Khan.

Dezenas de milhares de manifestantes protestaram em Londres nesta sexta-feira contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja visita de quatro dias à Grã-Bretanha(AFP photo / Tolga Akmen) - AFP

A parte oficial da visita de Trump ao Reino Unido, a sua primeira como presidente, termina nesta sexta-feira com um encontro para o chá com a rainha Elizabeth II, antes de viajar para a Escócia para passar o fim de semana em particular.

Trump negou críticas à primeira-ministra britânica

O presidente americano Donald Trump negou nesta sexta-feira ter criticado a estratégia negociadora do Brexit da primeira-ministra britânica Theresa May.

"Faça o que fizer, tudo bem", afirmou o magnata para May na coletiva de imprensa realizada em uma mansão de campo.

Donald Trump participa de coletiva de imprensa ao lado da primeira-ministra britânica Theresa May (AFP photo/ Pool / Stefan Rousseau) - AFP

Trump disse ainda que apresentar a entrevista concedida por ele ao jornal britânico The Sun era uma "fake news" (notícia falsa).

May, por sua vez, declarou que Washington e Londres buscarão um "ambicioso acordo de livre comércio" depois do Brexit, ao contrário de Trump, que havia descartado essa possibilidade na citada entrevista.

"Concordamos que quando o Reino Unido deixar a União Europeia, iremos atrás de um ambicioso acordo de livre comércio", afirmou May.

Na polêmica entrevista dada ao The Sun, divulgada na quinta-feira à noite, Trump falou sobre o plano de May para resolver o principal tema doméstico e internacional de seu governo - que passa por um momento de fragilidade política.

Visita de quatro dias de Trump à Grã-Bretanha foi marcada por seu ataque à estratégia da primeira-ministra Theresa May para o Brexit ( AFP photo/ Tolga Akmen) - AFP

"Se aprovarem um acordo como esse, estaríamos tratando com a União Europeia no lugar de com o Reino Unido, e isso provavelmente pode matar o acordo" que Londres deseja alcançar com Washington.

"Teria feito isto de maneira muito diferente. De fato disse a Theresa May como fazê-lo, mas ela não concordou, não me escutou. Tomou outro caminho", disse Trump, para quem a proposta de May não respeita o que os britânicos decidiram no referendo sobre a UE de junho de 2016.

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