Comissão Europeia enviou cartas para a Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Hungria e Suécia - AFP
Comissão Europeia enviou cartas para a Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Hungria e SuéciaAFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO
A União Europeia e a China concluíram nesta quarta-feira, 30, as negociações de um acordo de investimentos. A informação foi confirmada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. "Este Acordo é de grande importância econômica e também vincula as partes em uma relação de investimento baseada em valores, fundamentada em princípios de desenvolvimento sustentável", diz um comunicado divulgado pelo bloco comum.

De acordo com o documento, a China se comprometeu com um nível "sem precedentes" de acesso a seu mercado para investidores da UE, "dando às empresas europeias segurança e previsibilidade para as suas operações". O bloco afirma que o pacto irá reequilibrar as relações bilaterais e melhorar "significativamente" as condições de concorrência.

"O Acordo também inclui compromissos importantes sobre meio ambiente e clima, incluindo a implementação efetiva do Acordo de Paris, e sobre normas trabalhistas", diz outro trecho do comunicado.

Segundo a UE, o pacto estabelecerá obrigações claras para as empresas estatais do país asiático, proibindo transferências forçadas de tecnologia e aumentando a transparência dos subsídios.

"O mundo pós-covid de amanhã precisa de uma relação forte entre a UE e a China para avançar melhor", escreveu Ursula von der Leyen em sua conta oficial no Twitter. "A UE possui o maior mercado único do mundo. Estamos abertos para negócios, mas estamos apegados à reciprocidade, igualdade de condições e valores", acrescentou.

Charles Michel, por sua vez, disse que a UE continua empenhada na cooperação internacional. "Saudamos o acordo político alcançado nas negociações sobre investimentos."

O anúncio do acordo ocorreu após o término de uma videoconferência entre os líderes da UE e o presidente da China, Xi Jinping.

Para entrar em vigor, o pacto ainda precisa ser ratificado pelos Estados-membros do bloco.