
"Queremos mais dados. Pedimos mais dados", declarou à AFP em Genebra Peter Ben Embarek, que liderou uma missão de um mês da OMS em Wuhan, na China, onde o vírus foi descoberto em dezembro de 2019.
"Há uma mistura de frustrações, mas também de expectativas realistas em termos do quê se pode fazer considerando as exigências de tempo", disse o especialista, antes de afirmar que espera que os dados pedidos sejam entregues para poder avançar.
Fortes preocupações
"Para compreender mais esta pandemia e preparar para a próxima, Pequim deve disponibilizar seus dados desde os primeiros dias do surto", disse o assessor de Segurança Nacional americano Jake Sullivan.
Os especialistas da OMS enviados à China pareceram ter excluído na segunda-feira a hipótese de que o vírus tenha escapado do Instituto de Virologia de Wuhan, como sugerido pelo governo antecessor de Donald Trump. Mas o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na sexta-feira que "todas as hipóteses continuam sobre a mesa".
Depois dos Estados Unidos (484.149 mortos), os países mais enlutados são Brasil (238.500), México (172.557), Índia (155.550) e Reino Unido (116.287). No meio desses números preocupantes, uma luz de esperança: nos últimos sete dias houve uma média de 87.226 infecções diárias, 9% a menos que na semana anterior.
Desde o dia 3 deste mês, a média de infecções diárias na América Latina esteve abaixo das 100.000 registradas em janeiro, o mês mais intenso em contágios com uma média de 120 mil novos casos diários. Depois do Brasil, os países mais afetados são Colômbia (2,19 milhões de casos, 57.425 mortos), Argentina (2,02 milhões, 50.188), México (1,98 milhão, 173.771) e Peru (1,22 milhão, 43.491).