A comunidade internacional pressionou o governo de Abiy a buscar uma solução política para o conflito, mas as autoridades etíopes insistem que a região está voltando à normalidade.
A comunidade internacional pressionou o governo de Abiy a buscar uma solução política para o conflito, mas as autoridades etíopes insistem que a região está voltando à normalidade.Emmanuel Dunand/ AFP
Por AFP
O conflito em Tigré, no norte da Etiópia, separou milhares de crianças de seus pais e muitas enfrentam condições graves e perigosas em campos para pessoas deslocadas, alertou nesta terça-feira (4) a organização Save the Children.
"Muitas dessas crianças foram separadas de seus pais enquanto fugiam do conflito. Outras perderam seus pais devido à violência", disse a ONG em um comunicado seis meses após o início dos combates.
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Algumas crianças não estão abrigadas em condições seguras, mas em "pequenos quartos onde dormem mais de 50 pessoas", acrescentou.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU informou em abril que mais de um milhão de pessoas foram deslocadas em Tigré, incluindo 4.056 "separados" e 917 crianças desacompanhadas.
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Esses dados correspondem a março, então os números atuais podem ser maiores.
O primeiro-ministro etíope, Abiy Mahmed, enviou tropas a Tigré em novembro para deter e desarmar os líderes da Frente Popular para a Libertação do Tigré (TPLF), o partido que governa a região e que dominou a política nacional no passado.
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Abiy declarou vitória depois que as forças federais tomaram a capital regional Mekele, mas os membros da TPLF continuam em fuga e confrontos são travados periodicamente.
A comunidade internacional pressionou o governo de Abiy a buscar uma solução política para o conflito, mas as autoridades etíopes insistem que os combates são mínimos e que a região está voltando à normalidade.