Socorristas numa casa atingida por um foguete lançado de Gaza, nesta terça-feira, em Ashkelon (Israel).
Socorristas numa casa atingida por um foguete lançado de Gaza, nesta terça-feira, em Ashkelon (Israel). JACK GUEZ / AFP
Por iG Último Segundo
A cidade de Tel Aviv, em Israel, sofreu um grande ataque do Hamas, da Faixa de Gaza, território palestino , com 130 mísseis na noite da última terça-feira, 11. Os sistemas de defesa antimísseis do país foram ativados e vários vídeos com rajadas luminosas no céu foram gravados. Muitos cidadãos fugiram em busca de abrigo enquanto sirenes de ataque aéreo soavam pela segunda maior cidade do país.
Uma mulher de 50 anos morreu em Rishon Lezion, subúrbio de Tel Aviv, durante o ataques. Outras duas, uma de 80 anos e outra de 60, morreram quando os mísseis atingiram as casas delas, na cidade de Ashkelon, no sul, segundo Magen David Adom, enfermeiro de Israel. Uma das três mulheres foi identificada como Soumya Santosh, uma indiana que trabalhava como cuidadora.
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O bombardeio foi feito em retaliação a um ataque israelense que destruiu um arranha-céu em na Faixa de Gaza no mesmo dia. O edifício abrigava os escritórios de altos funcionários do Hamas. Segundo o New York Post, enquanto os foguetes eram lançados, ouvia-se pessoas gritando nas mesquitas: "Deus é grande", "Vitória ao Islã" e "Resistência".
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Um dos mísseis pode ter atingido um oleoduto de uma empresa de energia estatal israelense, dando início a um incêndio em um grande tanque de armazenamento. Um outro míssil atingiu um ônibus na cidade central de Holon, ao sul de Tel Aviv, ferindo três pessoas, incluindo uma menina de 5 anos.
De acordo com os militares de Israel, as defesas aéreas do país interceptaram a maior parte dos mísseis, que acabaram atravessando a fronteira, e feriram palestinos.
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Em um discurso transmitido pela televisão nacional nesta terça, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que o Hamas e a Jihad Islâmica “pagaram e pagarão um alto preço” e alertou que a luta continuará por algum tempo. “Essa campanha vai levar tempo, com determinação, união e força”, disse.
Segundo o New York Post, o confronto entre os dois lados, o grupo Hamas e Israel, foi desencadeado por semanas de tensões na disputada Jesusalém. Na última segunda-feira, 10, ocorreram confrontos entre palestinos e forças de segurança israelenses. Desde então, pelo menos 28 palestinos, dentre eles 10 crianças, foram mortos na Faixa de Gaza, a maioria por ataques aéreos, segundo informações das autoridades locais de saúde. Os israelenses dizem que pelo menos 16 dos mortos eram militares.
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Na noite de terça-feira, Israel lançou mísseis na Faixa de Gaza, que derrubou um prédio de 13 andares , e a Jihad Islâmica prometeu lançar foguetes contra Tel Aviv. “Em resposta ao ataque a torres residenciais e civis, seu encontro com os foguetes da resistência nos céus de Tel Aviv é às 21h”, disse um porta-voz do Jihad Islâmico. Em seguida, ocorreu o bombardeio de 130 mísseis na cidade – o ataque mais agressivo do Hamas até agora.
Durante o bombardeiro a Tel Aviv, sirenes ecoavam nas partes sul e central da cidade. Civis fugiam para tentar se abrigar.
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O secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o presidente Joe Biden “dirigiu sua equipe a se envolver intensamente com altos funcionários israelenses e palestinos, bem como com líderes em todo o Oriente Médio”.
“Sua equipe está comunicando uma mensagem clara e consistente em apoio à redução da escalada [da violência] e esse é nosso foco principal. O apoio do presidente à segurança de Israel, ao seu direito legítimo de se defender e a seu povo é fundamental e nunca irá vacilar. Condenamos os contínuos ataques de foguetes do Hamas e de outros grupos terroristas, inclusive contra Jerusalém”, completou o secretário.
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Já o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, falou com o ministro das Relações Exteriores de Israel para condenar os ataques do Hamas e “reiterar a importante mensagem de desaceleração”, informou o Departamento de Estado.