Imagem da ponte acima do rio Ahr, localizado na cidade de Altenahr, na Alemanha Ocidental, em 19 de julhoAFP

O governo de Angela Merkel prometeu nesta segunda-feira, 19, melhorar o sistema nacional de alerta para catástrofes, muito criticado durante as inundações, que deixaram 165 mortos na Alemanha, por não terem alertado de maneira suficientemente rápida a população em perigo.
De forma geral, os sistemas de alerta, como o aplicativo de smartphone "Nina", "funcionaram", afirmou a porta-voz do governo Martina Fietz. "Mas a experiência que tivemos durante esta catástrofe mostra que temos que fazer mais e mais rápido", admitiu.
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Entre os principais acusados está o Serviço de Proteção Civil, questionado por não ter avisado de maneira rápida o suficiente a população residente em zonas inundáveis, ante a gravidade das cheias.
Seu presidente, Armin Schuster, defendeu nesta segunda-feira na rádio pública "a volta das antigas sirenes", para não deixar tudo nas mãos das ferramentas digitais. As cheias provocaram cortes de energia elétrica e a queda de antenas de telecomunicação, o que impediu que muitas pessoas recebessem os alertas.
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Também está em debate a divisão das atribuições de proteção civil dentro deste país federal, onde se espera que as regiões atuem na linha de frente. Algumas organizações ecologistas defendem um maior centralismo. Algo que o ministro do Interior, Horst Seehofer, rejeitou nesta segunda-feira. Ao mesmo tempo, o total de mortos continua aumentando.
Pelo menos 165 pessoas faleceram, de acordo com um balanço atualizado divulgado nesta segunda-feira, que também cita vários desaparecidos.
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Na região de Renânia-Palatinado, a mais afetada pela tragédia, o número de mortos subiu para 117, contra 112 registrados anteriormente, e há 749 feridos, informou à AFP Verena Scheuer, porta-voz da polícia de Koblenz. Na Renânia do Norte-Vestfália, o balanço divulgado no domingo, 18, informou "pelo menos" 47 mortes.
Na região da Baviera, sul do país, onde houve grandes inundações no fim de semana, uma morte foi registrada. A Alemanha está em choque com o maior desastre natural na história recente do país. No domingo, a chanceler Angela Merkel visitou a localidade de Schuld, perto de Bonn, onde a cheia do rio Ahr provocou a destruição de parte do centro histórico.
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A partir de quarta-feira, 21, o governo entregará ajudas de emergência de pelo menos 300 milhões de euros (quase US$ 350 milhões), antes de elaborar um vasto programa de reconstrução de bilhões de euros.