Mais um pré-candidato à presidência é preso na NicaráguaPixbay
Mais um pré-candidato à presidência é preso na Nicarágua
Noel Viadurre foi colocado em prisão domiciliar após ser acusado de 'prejudicar a soberania' do país
Manágua - Noel Viadurre, pré-candidato à presidência da Nicarágua, foi colocado em prisão domiciliar neste sábado (24), assim como o comentarista Jaime Arellano, ambos acusados de "prejudicar a soberania" do país, informou a polícia, o que eleva a 28 o número de opositores detidos no país.
Três meses antes das eleições, com Viadurre são sete os aspirantes presidenciais presos: Cristiana Chamorro, Arturo Cruz, Félix Maradiaga, Miguel Moral, Juan Sebastián Chamorro - primo de Cristiana - e Medardo Mairena.
Publicidade
Vidaurre, de 66 anos, e Arellano foram colocados "sob custódia policial" em casa, acusados de "minar a independência, soberania, autodeterminação e incitar a intervenção estrangeira", segundo um comunicado policial.
O político disputava pela candidatura da Aliança Cidadãos pela Liberdade (CxL, de direita), um dos grupos credenciados perante a Justiça Eleitoral para as eleições gerais de 7 de novembro.
Publicidade
As candidaturas para presidência devem ser feitas no prazo estabelecido, de 28 de julho a 2 de agosto.
Na Nicarágua, se uma pessoa está sob investigação de crimes ou prisão, não pode se candidatar a cargos eletivos.
Publicidade
O presidente Daniel Ortega, de 75 anos, não anunciou oficialmente que buscará a reeleição, mas seus aliados presumem que ele será o candidato da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN).
Ortega, um ex-guerrilheiro que governou entre 1979 e 1990, voltou ao poder em 2007 e foi reeleito duas vezes consecutivas, em meio a acusações de fraude da oposição.
Publicidade
Em meio a sanções e críticas da comunidade internacional, Ortega afirma que os detidos não são candidatos ou opositores, mas "criminosos" que se organizaram com financiamento dos Estados Unidos para realizar um golpe.
Vidaurre e Arellano haviam sido intimados ao Ministério Público no sábado para serem entrevistados, sem denúncias de qualquer espécie, segundo contaram a jornalistas quando deixaram o local.
Publicidade
“Nunca disse que a Nicarágua deveria ser sancionada, nem nada parecido (...) Não sei qual é o motivo. Eles não me explicaram absolutamente nada”, disse Vidaurre.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.