Local do assassinato do padre em Saint-Laurent-sur-Sevres, Oeste da FrançaAFP
O suspeito se entregou à polícia e foi posto sob controle judicial depois disso, relatou à AFP uma fonte ligada à investigação. A tragédia foi anunciada pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, no Twitter. "Todo meu apoio aos católicos do nosso país, após o dramático assassinato de um padre", escreveu o ministro, que deve visitar a localidade do crime.
Ainda não foram divulgados detalhes do homicídio, mas uma fonte policial descartou um ataque com faca.
Segundo uma fonte familiarizada com o assunto, "um homem apresentou-se no meio da manhã à brigada da gendarmaria de Mortagne-sur-Sèvre e disse ter matado um clérigo". Este homem, Emmanuel A., de nacionalidade ruandesa, foi colocado sob controle judicial no âmbito da investigação do incêndio na catedral de Nantes onde era voluntário, disse esta fonte.
O eclesiástico, de 60 anos, acolhia o suspeito "há vários meses", disse outra fonte da polícia. O suspeito confessou ter ateado fogo à catedral gótica de Nantes em 18 de julho do ano passado. Inicialmente, foi detido, até ser solto sob controle da Justiça à espera de seu julgamento.
O homem, um demandante de asilo de Ruanda que vive na França há vários anos, trabalhava como voluntário na igreja.
Vincent Neymon, secretário-geral adjunto da Conferência Episcopal Francesa, expressou à AFP "espanto e profunda tristeza".
No Twitter, o senador do partido de direita Os Republicanos Bruno Retailleau homenageou o "padre Olivier Maire, superior dos Montfortianos", dizendo: "Sua morte testemunha a bondade deste padre que conheci bem e de quem pude apreciar a profundidade da fé. Sua morte é uma grande perda".
A líder da extrema direita, Marine Le Pen, que acusa o governo de não agir o suficiente em matéria de imigração, reagiu à notícia. Na França, declarou ela, "você pode ser um imigrante ilegal, incendiar uma catedral, não ser expulso e depois reincidir, assassinando um padre".
Darmanin imediatamente a acusou de "criar uma polêmica sem conhecer os fatos". Ele explicou que o homem não podia ser expulso da França, enquanto estivesse sob controle judicial.
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