Acidente ocorreu próximo à aldeia de Engengele, localizada a 24 km da capital provincial de Bumba Reprodução/Google Maps
Mais 60 pessoas morrem em naufrágio na República Democrática do Congo
Autoridades continuam buscas por possíveis sobreviventes neste sábado (9)
Kinshasa - Mais de cem mortos ou desaparecidos foram contabilizados após o naufrágio de uma embarcação no rio Congo, no início da semana passada. O acidente ocorreu na noite de segunda para terça-feira, por volta das 23h30, em Mongala, uma província florestal do noroeste da RDC, segundo Nestor Magbado, porta-voz adjunto do governador provincial. As informações são da agência de notícias AFP.
O desastre ocorreu próximo à aldeia de Engengele, a 24 km da capital provincial de Bumba e, até o momento, os corpos de 38 homens, 13 mulheres e 10 crianças foram recuperados, estimando em cerca de 60 o número de desaparecidos. Trinta e nova pessoas sobreviveram, informou a mesma fonte.
Como não houve controle do número de passageiros da embarcação, a quantidade de desaparecidos é apenas uma estimativa. Segundo Magbado, o barco, na verdade, eram nove canoas motorizadas ligadas entre si, que partiram de uma aldeia rio acima e se dirigiam para Mumba.
"A sobrecarga agravada pelo mau tempo, com fortes rajadas de vento" naquela noite pode explicar o naufrágio, afirmou.
De acordo com o porta-voz, a bordo, estavam "alunos que regressavam a Bumba, comerciantes, mães comerciantes, todo o tipo de pessoa". Os proprietários das embarcações estão foragidos "e os serviços competentes estão mobilizados para encontrá-los", acrescentou.
A gravidade do acidente só foi informada pela mídia local alguns dias depois. De acordo com Magbado, a província informou a Kinshasa do naufrágio logo após o evento, "mas tínhamos ressalvas sobre o balanço", explicou.
Neste sábado (9), as autoridades continuam as buscas por possíveis sobreviventes, mas, de acordo com Magbado, a esperança de encontrar mais pessoas "está diminuindo a cada dia".
Naufrágios como esse são comuns na região, já que as embarcações frequentemente viajam com superlotadas e os passageiros não utilizam coletes salva-vidas.