Joe Biden, presidente dos Estados Unidos AFP
E mesmo antes da reunião, um clima de tensão foi criado sobre quem deveria integrar e quem deveria ficar de fora da lista. China e Rússia, que Biden considera autocracias, ficaram deliberadamente de fora, o que segundo estes países estimula uma "brecha ideológica".
"Nenhum país tem o direito de julgar o vasto e variado panorama político do mundo com um único critério", escreveram Anatoly Antonov e Qin Gang, os embaixadores da Rússia e da China em Washington. O que irritou Pequim foi o convite do governo americano a Taiwan, ilha governada democraticamente e que a China continental considera parte de seu território, embora não esteja sob seu controle.
Na segunda-feira, Washington também anunciou que não enviará funcionários do governo aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em fevereiro, como forma de protesto pelas violações dos direitos humanos, incluindo o "genocídio" contra o grupo étnico dos uigures na região de Xinjiang.
Austrália, Reino Unido e Canadá se uniram ao boicote diplomático, mas seus atletas disputarão os Jogos. E mais uma vez a Rússia se uniu a China para criticar a decisão. Decidir quando outros países deveriam ser excluídos da reunião por violações dos direitos humanos ou fraude eleitoral também foi complicado.
Por exemplo, Paquistão e Filipinas estão dentro, enquanto o governo nacionalista da Hungria, membro da União Europeia, ficou de fora. O presidente de direita brasileiro Jair Bolsonaro foi convidado, enquanto o presidente da Turquia - país membro da Otan -, Recep Tayyip Erdogan, foi está fora.
Na América Latina e Caribe foram excluídos os governos de oito países: Nicarágua, Cuba, Bolívia, El Salvador, Honduras, Guatemala, Haiti e Venezuela, mas foi convidado Juan Guaidó, líder opositor venezuelano a Nicolás Maduro.
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