Juiz multa homem com covid-19 em R$ 3 mil por sair às ruas sem máscara em SP Pixabay
Com os países correndo para conseguir equipamentos de proteção individual (EPI) para lidar com a crise sanitária mundial, não se deu atenção suficiente para que o tratamento dos resíduos fosse feito de forma segura e sustentável, explicou a OMS.
Em um informe, a organização destaca o impacto dos cerca de 1,5 milhão de EPIs (aproximadamente 87 mil toneladas) administrados entre março de 2020 e novembro de 2021 e expedidos para os países por meio do sistema das Nações Unidas. Trata-se de uma pequena parte do total. A maioria desses equipamentos provavelmente acabou no lixo, disse a OMS.
"É absolutamente vital fornecer aos trabalhadores EPI adequado. Mas também é vital garantir que possa ser usado de forma segurança, sem impactar o meio ambiente", afirmou o diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan.
Além disso, foram distribuídos mais de 140 milhões de kits de testes de detecção do coronavírus, o que pode gerar 2.600 toneladas de resíduos plásticos, não infecciosos, e 731 mil litros de resíduos químicos. Pelo menos 97% dos resíduos plásticos dos testes são incinerados, diz o relatório.
E as primeiras oito bilhões de doses da vacina anticovid-19 administradas no mundo todo produziram 143 toneladas de lixo, incluindo seringas, agulhas e caixas de segurança.
A OMS não recomenda o uso de luvas para o manuseio de vacinas anticovid, mas o informe aponta que esta é uma prática comum.
Soluções práticas
Segundo os últimos dados disponíveis, de 2019, 30% dos estabelecimentos de saúde no mundo não contam com um sistema seguro de gestão de resíduos médicos. Nos países menos desenvolvidos, essa proporção é de quase 60%.
"Potencialmente, isso expõe os profissionais da saúde a lesões com agulhas, a queimaduras e a micro-organismos patogênicos, e também tem um impacto nas comunidades que vivem perto de lixões a céu aberto e de outros aterros - seja pela poluição do ar por causa da queima de resíduos, seja pela baixa qualidade da água, ou por insetos portadores de doenças", advertiu a OMS.
O documento recomenda soluções práticas, como: uso mais racional dos EPIs; uso de menos embalagens; desenvolvimento de EPIs reutilizáveis, ou feitos de materiais biodegradáveis; investimento no tratamento de resíduos que não impliquem incineração; e investimento na produção local de EPIs.
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