Fumaça sobe de uma usina de energia depois de bombardeios fora da cidade de Schastia, perto da cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia, dia 22, um dia depois que a Rússia reconheceu as repúblicas separatistas do leste da UcrâniaARIS MESSINIS/AFP
"Nosso compromisso é ficar e continuar nosso trabalho na Ucrânia, particularmente no leste" do país, disse a porta-voz da ONU, Alessandra Vellucci, à imprensa, em Genebra. "Continuamos totalmente operacionais", acrescentou.
Ela reconheceu, porém, que, "em consequência da evolução da situação no terreno, consideramos uma realocação temporária de parte do pessoal não essencial e de seus familiares".
Esta declaração foi dada em meio à preocupação com o reconhecimento por parte da Rússia, na segunda-feira (21), das repúblicas separatistas Donetsk e Lugansk na Ucrânia e com sua decisão de enviar uma "força de paz".
Esse reconhecimento quebra o frágil processo de paz - os chamados Acordos de Minsk - que regia o conflito no leste da Ucrânia, o que aumenta os temores de que o Kremlin esteja preparando uma invasão em grande escala.
A ONU conta com uma equipe de 1.510 pessoas na Ucrânia, incluindo 149 funcionários estrangeiros, disse Vellucci. Cerca de 100 membros desta equipe se encontram instalados nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste do país.
Nesta terça-feira (22), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) afirmou que ainda não foi observado um aumento de movimentos de civis, salvo na região leste do país.
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