Polônia diz que 100 mil ucranianos chegaram ao país desde ataque russoAFP
"Desde o lançamento das operações de guerra na Ucrânia e até hoje, ao longo da fronteira com a Ucrânia, 100.000 pessoas cruzaram da Ucrânia para a Polônia", disse Szefernaker à imprensa no posto fronteiriço de Medyka, no sudeste da Polônia.
"O ministro das Relações Exteriores, Wopke Hoekstra, decidiu que o embaixador Jennes de Mol e sua equipe se deslocam imediatamente para Jaroslaw, do lado polonês da fronteira com a Ucrânia, para continuar seu trabalho de lá", declarou a Chancelaria, em um comunicado.
No sábado passado, a Holanda transferiu sua embaixada de Kiev para Lviv, a cerca de 70 quilômetros da fronteira polonesa, no oeste da Ucrânia.
O ministério observou que a situação em Lviv é cada vez mais perigosa, mas disse que as autoridades holandesas continuam disponíveis, da Polônia, para ajudar seus cidadãos a saírem da Ucrânia.
"Se for necessário e seguro o suficiente, os membros da delegação irão para o lado ucraniano para prestar ajuda", completa a nota.
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos "nazistas", segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
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