Presidente da Ucrânia Volodymyr ZelenskyAFP
Também pediu à Alemanha e à Hungria que tenham o "valor" de apoiar uma moção para excluir a Rússia do sistema de transações financeiras internacionais SWIFT, um instrumento fundamental das finanças globais.
"Mantivemo-nos firmes e repelimos com sucesso os ataques dos inimigos. Os combates continuam em muitas cidades e regiões do país (...) mas é o nosso Exército que controla Kiev e as principais cidades ao redor da capital", disse Zelensky, em um vídeo publicado no Facebook.
"Os ocupantes queriam bloquear o centro do nosso Estado e colocar marionetes, como em Donetsk. Conseguimos desmantelar o plano deles", acrescentou Zelensky, afirmando que o Exército russo "não obteve vantagem alguma".
Ele também acusou as tropas russas de atacarem zonas residenciais e de tentarem destruir instalações elétricas.
Em um apelo aos países ocidentais para que endureçam sua posição contra a Rússia, o presidente disse que a Ucrânia "tem o direito de obter sua adesão à União Europeia".
Ele também se dirigiu aos russos, convocando-os a pedirem a seu governo que "pare a guerra imediatamente".
"Sabemos que muitas pessoas estão chocadas com a mesquinhez e crueldade de seu governo", disse ele.
Em várias cidades russas, incluindo Moscou e São Petersburgo, manifestações contra a guerra foram violentamente reprimidas no início da invasão da Ucrânia, na quinta-feira (24).
"Todos os civis que estiverem nas ruas durante o toque de recolher serão considerados membros de grupos de sabotagem e de reconhecimento do inimigo", disse o prefeito de Kiev, em uma mensagem no Telegram.
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos "nazistas", segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
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