Milhares de pessoas tentam deixar a capital da Ucrânia, Kiev, pelos trens DANIEL LEAL / AFP
Parte dos mais de mil latino-americanos que viviam na Ucrânia quando a invasão começou foram removidos por seus governos por terra e por ar, com a gestão conjunta de suas chancelarias e embaixadas em Kiev e em capitais vizinhas.
Alguns países da América Latina, como Chile e Uruguai, carecem de representação diplomática física na Ucrânia, por isso tiveram que recorrer aos esforços de suas embaixadas em nações vizinhas, como Polônia e Romênia.
Outros, como Argentina, Brasil e Peru, organizaram operações especiais com veículos oficiais e aviões militares para transportar seus cidadãos e até nacionais de outros países da região.
Brasil
O governo segue tentando localizar brasileiros na Ucrânia, com o apoio da embaixada em Varsóvia, e instalou um posto avançado na fronteira com a Moldávia. A Força Aérea Brasileira ofereceu dois aviões para as evacuações.
Argentina
A embaixada argentina em Kiev é uma das quatro sede diplomáticos latino-americanos na Ucrânia e trabalha com países da região em um plano conjunto de evacuação e assistência aos cidadãos.
Chile
Até sábado, cinco chilenos usaram essa rota e chegaram em segurança ao território polonês, onde foram atendidos, informou o presidente Sebastián Piñera. Outros nove estavam perto da fronteira, em contato com o governo.
Colômbia
Peru
Uruguai
Alguns já viajam para outros destinos europeus, outros permanecem na Cracóvia (Polônia), assistidos pela embaixada na Finlândia, e os demais em Bucareste (Romênia), também apoiados por sua embaixada no país.
Guatemala
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
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