Militares ucranianos se preparam para repelir um ataque na região de Lugansk, na Ucrânia, nesta quinta-feira, 24ANATOLII STEPANOV / AFP
"O número agora está próximo de 20.000 (voluntários). Eles vêm principalmente de países europeus", afirmou Kuleba à CNN.
Segundo o chanceler ucraniano, "muitas pessoas odeiam a Rússia" há anos, mas não ousavam se opor a ela.
"Quando as pessoas viram que os ucranianos estavam lutando, que não estavam abaixando os braços, isso os encorajou a se juntar à luta", acrescentou.
Manifestando "compreender essa necessidade de lutar", o chefe da diplomacia ucraniana julgou, no entanto, "mais importante" obter assistência "política, econômica e militar" do resto do mundo e especialmente "para defesa aérea".
No final de fevereiro, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, havia anunciado a criação de uma "legião internacional" de combatentes estrangeiros para ajudar a repelir a invasão russa.
Os voluntários foram convocados para comparecer às embaixadas ucranianas em seus respectivos países.
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
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