Mais de 1,7 milhão de ucranianos deixaram o país desde o início da guerraAFP
O Alto Comissariado das Nações Unidos para os Refugiados (Acnur) contabiliza 1.735.068 refugiados, um aumento de quase 200 mil desde domingo, 6, segundo os números publicados nesta segunda-feira às 8h pelo horário de Brasília. As autoridades da ONU esperam que o fluxo aumente, sobretudo no caso de abertura de corredores humanitários que permitam aos civis sair das grandes cidades.
"Esta é a crise de refugiados de crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", escreveu o alto comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, no seu perfil do Twitter.
Os números incluem pessoas que deixaram o território controlado por Kiev, com mais de 37 milhões de habitantes, mas não a península da Crimeia - anexada pela Rússia em 2014 - nem as duas áreas controladas pelos separatistas pró-russos no leste do país. De acordo com a ONU, até quatro milhões de pessoas podem abandonar o país devido ao conflito.
Antes da crise, 1,5 milhão de ucranianos já moravam na Polônia, a maioria para trabalhar no país, que é membro da União Europeia.
Nas últimas 24 horas, a Eslováquia recebeu 14 mil ucranianos, o que resultou em um total de mais de 128 mil imigrantes desde o início da guerra.
Corredor humanitário
No segundo encontro entre autoridades russas e ucranianas, realizado no dia 3, os países decidiram criar um corredor humanitário para permitir a saída de civis da Ucrânia. No sábado, 5, porém, representantes dos dois países trocaram acusações de que o corredor não estava sendo respeitado. A Ucrânia afirma que a Rússia não cumpriu a promessa de cessar-fogo.
Segundo a uma agência de notícias Reuters, em uma tentativa mais recente de acordo para a saída de civis, a Rússia aceitou a criação de corredores humanitários em Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy.
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