Vários manifestantes sendo detidos por militares em Moscou e São Petersburgo, segunda cidade do paísAFP

Mais de 800 pessoas que protestaram neste domingo (13) contra a operação militar russa na Ucrânia foram presas em diferentes cidades da Rússia, segundo a ONG OVD-Info, especializada em monitorar protestos.
Vários manifestantes sendo detidos por militares em Moscou e São Petersburgo, segunda cidade do país. Em Moscou, dezenas de pessoas desafiaram a proibição de manifestação, concentrando-se em uma praça perto do Kremlin. Ao menos 100 manifestantes e um jornalistas foram levados pela polícia, segundo um repórter da AFP presente no local.

"Paz no mundo!", repetia uma mulher, enquanto era levada à força por doisa agentes.

Vários policiais desenharam a letra "Z" em seus capacetes, um símbolo que expressa apoio aos soldados russos destacados na Ucrânia.

Na tarde deste domingo, o Ministério do Interior informou que cerca de 300 pessoas tinham sido detidas na capital russa por "distintas violações da ordem pública" e detalhou que era estudada a possibilidade de iniciar processos judiciais contra eles.

Em São Petersburgo, onde havia muitos ônibus da polícia no centro, os manifestantes tentaram passar despercebidos.

"Claro que é assustador sair (para protestar). Levam todo mundo, vários amigos meus foram presos, outros foram expulsos da universidade", disse à AFP Kristina, 20 anos, vestindo jaqueta azul e chapéu amarelo, cores da bandeira ucraniana.

"Vocês são todos traidores, deveriam ser presos", gritou um pedestre com cerca de 60 anos.

Vários manifestantes e alguns jornalistas foram levados pela polícia. Apesar da proibição, grupos de manifestantes se reúnem diariamente na Rússia contra a operação militar na Ucrânia. Aqueles que protestam são multados ou presos. No último domingo, mais de 5 mil manifestantes foram presos.